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23 de novembro de 2006

Pesquisa BeefPoint de terminação na seca 2006

O BeefPoint realizou um levantamento entre os usuários do portal sobre as atividades de confinamento, semi-confinamento e suplementação mineral-protéica para terminação de bovinos durante a entressafra.

O BeefPoint realizou um levantamento entre os usuários do portal sobre as atividades de confinamento, semi-confinamento e suplementação mineral-protéica para terminação de bovinos durante a entressafra 2006. O objetivo foi estimar a evolução da atividade em 2006, através de uma amostra sem parâmetros específicos na escolha (como ocorre com a pesquisa Top 50 de Confinamentos). Produtores e técnicos cadastrados no BeefPoint foram convidados a participar da pesquisa, via email. A pesquisa não teve como objetivo calcular o total de animais confinados no Brasil.

Buscou-se identificar as informações listadas abaixo, para cada sistema produtivo em cada propriedade:
a) Previsão atual de terminação para 2006, em total de animais por sistema;
b) Planejamento para terminação realizado no início do ano, em total de animais por sistema;
c) Total terminado entre os meses de janeiro e outubro de 2006;
d) Total terminado em 2005 em cada sistema;
e) Localização da propriedade.

Na pesquisa, foram recebidas 101 contribuições válidas, das quais 57 terminaram animais em confinamento, 42 em semi-confinamento e 55 em suplementação mineral-protéica a pasto na seca em 2006.

Entre os estados, 17 propriedades ficam em GO, 16 em SP, 15 no MT, 13 em MG, 13 no MS, 9 no PR e 18 em outros estados. No total, as propriedades projetaram terminar 129.468 animais em confinamento, 19.169 em semi-confinamento e 28.225 em suplementação a pasto. Para que as estimativas pudessem considerar as diferenças entre os estados, seria necessário um número maior de contribuições.

Nas 101 propriedades levantadas na pesquisa, entre janeiro e outubro foram terminados 82.384 animais em confinamento, 13.467 em semi-confinamento e 18.144 em suplementação a pasto. Isso significa que o saldo projetado para terminação entre novembro e dezembro é de 36,37% no confinamento, 29,75% no semi-confinamento e 35,72% na suplementação a pasto. O gráfico 1 representa o saldo para terminação entre novembro e dezembro de 2006.

Gráfico 1. Percentual de animais terminados de janeiro a outubro e projetados para novembro a dezembro por sistema


Se considerarmos os sistemas conjuntamente, o total de animais projetados é de 176.862 e de janeiro a outubro foram terminados 113.995, o que resulta em um saldo conjunto de 35,55% para novembro e dezembro. Em relação a 2005, o número de animais terminados pelas 101 propriedades nos três sistemas é 53,05% maior. A tabela 1 representa os dados da pesquisa considerando os animais terminados conjuntamente nos 3 sistemas.

Tabela 1. Resultados gerais da pesquisa sobre o confinamento, semi-confinamento e suplementação


Confinamento

Tabela 2. Resultados gerais da pesquisa sobre o confinamento


Observando apenas o saldo do confinamento para novembro e dezembro, apesar da média geral ser muito superior a 10%, vemos que a maioria das propriedades têm saldo inferior a 10%. Das 57 propriedades que fazem confinamento em 2006, em 20 o saldo para novembro e dezembro está entre 0 e 10%. Se juntarmos as propriedades cujo saldo para nov-dez é inferior a 30%, somam 42, quase 74% do total. O gráfico 2 representa a distribuição de freqüências para o saldo nov-dez em 6 classes: 0 a 10%; 10 a 20%; 20 a 30%; 30 a 40%; 40 a 50%; 50% ou mais, com intervalos fechados no extremos inferior. O saldo total para novembro e dezembro é de 36%.

Gráfico 2. Distribuição de freqüências sobre o saldo (S) de confinamento para novembro e dezembro de 2006


De acordo com o planejamento inicial para 2006, a projeção foi revista em 3,37% para baixo no confinamento.

O total de animais projetados para o confinamento pelos participantes da pesquisa é 58,36% acima do total confinado pelas mesmas propriedades em 2005. Houve, entretanto, algumas propriedades que não fizeram o confinamento em 2005 e o fizeram em 2006, o que tende a “forçar” a média para cima. Se desconsiderarmos essas propriedades, o aumento dos animais confinados passa a ser de 52,04% em 2006 (projetados). Cabe considerar que pode haver uma propensão maior para que usuários que fizeram o confinamento em 2006 e não fizeram em 2005 a responder a pesquisa do que o contrário, o seja, aqueles que fecharam no ano passado (e que elevariam o número de 2005) e que não fecharam em 2006 (o que reduziria, relativamente, o crescimento).

A média de crescimento dos confinamentos, dado que não considera seu tamanho, é de 36,78%. Além disso, não considera 8 propriedades que fizeram confinamento apenas este ano.

O gráfico 3 representa a distribuição do crescimento pelo número de propriedades. Os dados são representados em intervalos: redução dos animais confinados em mais de 20%; redução de até 20%; de 0 e 20% de crescimento; 20 a 40%; e assim por diante. Vemos que as maiores incidências são sobre os intervalos entre 0 a 40% e acima de 60%.

Gráfico 3. Distribuição de freqüências relativa ao crescimento do confinamento, por número de propriedades


Uma forma de visualizar a mesma informação, identificando a influência do tamanho do confinamentos no crescimento total, é estratificar a amostra por tamanho em três categorias: até 1.000 animais projetados para 2006; de 1.000 a 5.000 animais; e acima de 5.000. Os dados são representados no gráfico 4. Esta análise desconsidera 5 propriedades de até 1.000 animais e 3 de 1.000 a 5.000 que só fizeram confinamento em 2006.

Veja que na medida em que se caminha para intervalos de crescimentos maiores, aumenta a incidência de confinamentos grandes. Houve, ainda, 2 confinamentos de mais de 1.000 animais projetados para 2006 que aumentarão em mais de 100%.

Se desconsiderarmos os confinamentos que projetaram terminar mais de 5.000 animais em confinamento em 2006, o aumento no total de animais confinados cai para 45%.

Gráfico 4. Distribuição de freqüências em relação do crescimento do confinamento, estratificado pelo número de animais projetados para 2006


Semi-confinamento e suplementação a pasto

O total de animais que serão terminados em semi-confinamentos em 2006 é 67,18% superior ao total terminado neste sistema no ano passado. 50 propriedades afirmaram ter terminado animais em semi-confinamento no ano passado, número maior que as 42 de 2006.

Já a média de crescimento projetado das propriedades que fizeram o semi-confinamento em 2005 e 2006 é de 29,09%. Em relação a projeção inicial de cada propriedade, o número de animais foi revisto para cima em 11,29%. A tabela 3 resume os resultados da pesquisa para o semi-confinamento.

Tabela 3. Resultados gerais da pesquisa sobre o semi-confinamento


Das 101 propriedades, 55 fizeram terminação por suplementação mineral-protéica a pasto, cujo resultado é representado pela tabela 4. A projeção total para 2006 foi revista no ano para baixo em 24,30%. O total projetado de animais a serem terminados nesse sistema pelas propriedade que o fizeram é 26,36% superior os que foi terminado em 2005. Naquele ano, foram 47 as propriedades que terminaram neste sistema.

Tabela 4. Resultados gerais da pesquisa sobre a suplementação mineral-protéica


É necessário reconhecer as possíveis imprecisões dado o fato do espaço amostral ainda ser pequeno. O crescimento no número de contribuições tornará as estimativas mais confiáveis. De qualquer forma, o resultado é um indicativo de que há um aumento na adoção de tecnologias que visam abater animais em períodos de menor oferta.

Para participar das próximas pesquisas, acesse beefpoint.com.br/confinamentos

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