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PIB do agro reage e deve representar 22% da economia brasileira em 2024

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro reagiu no terceiro trimestre de 2024, com avanço de 1,26% no período. Com o resultado, a queda acumulada no ano chegou a 2,49%, segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Com base no desempenho dos ramos e segmentos do agronegócio ao longo dos três primeiros trimestres de 2024, a projeção indica que o PIB do setor pode alcançar R$ 2,58 trilhões no ano, sendo R$ 1,84 trilhão do ramo agrícola e R$ 744,02 bilhões do ramo pecuário, considerando os preços do terceiro trimestre de 2024.

“Considerando, esse resultado, e também o comportamento do PIB brasileiro no período, nós estimamos a participação do PIB do agronegócio na economia brasileira próximo a 22% em 2024. Portanto, abaixo do registrado em 2023, que foi de 23,5%”, afirma Isabel Mendes, assessora técnica da CNA.

Desempenho dos segmentos no 3º trimestre de 2024

Entre os segmentos do setor, ao comparar o segundo e terceiro trimestres de 2024, verificou-se um avanço no PIB dos insumos (0,83%), do segmento primário (1,14%), das agroindústrias (1,60%) e dos agrosserviços (1,22%).

Segundo os especialistas, os desempenhos desses segmentos no trimestre foram impulsionados pelo aumento do valor bruto da produção, que, por sua vez, foi principalmente influenciado pelos preços reais mais altos no período.

Já do ponto de vista dos ramos do agronegócio, houve crescimento no terceiro trimestre para o agrícola e o pecuário, sendo 1,27% e 1,31%, respectivamente.

  • Ramo agrícola: o PIB cresceu 1,85% na agroindústria e 1,64% nos agrosserviços, enquanto o avanço foi mais moderado nos insumos (0,43%) e no setor primário (0,22%).
  • Ramo pecuário: os maiores avanços no PIB ocorreram nos insumos (1,99%) e no setor primário (3,02%). Já a agroindústria cresceu 0,91%, e os agrosserviços, 0,45%.

Resultado do setor nos nove primeiros meses de 2024

Olhando da esfera do acumulado dos três primeiros trimestres de 2024, houve uma retração de 4,04% no ramo agrícola, enquanto o ramo pecuário apresentou crescimento de 1,60%.

O levantamento aponta retração de 7,24% no segmento de insumos nos primeiros nove meses de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Esse resultado foi puxado pela queda de 10,69% nos insumos agrícolas, causada pelo desempenho fraco das indústrias de fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas, que enfrentaram queda nas cotações e na produção. Por outro lado, os insumos pecuários cresceram 1,32%, impulsionados pelas indústrias de rações e medicamentos para animais, refletindo expectativas de maior produção no ano.

No segmento primário, houve queda de 4,32% no período. No setor agrícola, o recuo de 4,44% foi causado pela redução nos preços e pela menor projeção de produção de milho, soja e trigo. No setor pecuário, a retração de 4,07% refletiu preços mais baixos, apesar do aumento esperado na produção em todas as atividades, exceto no frango de corte.

O PIB agroindustrial caiu 0,67%, com retração de 2,32% nas indústrias agrícolas, devido à queda no valor de produção de biocombustíveis e óleos vegetais, mesmo com previsão de maior produção. Já as indústrias pecuárias cresceram 6%, impulsionadas pela expansão na produção, que compensou a queda nos preços.

Por fim, os agrosserviços registraram retração de 1,74%, impactados pela queda de 3,99% nos serviços agrícolas, enquanto os serviços pecuários avançaram 4,15%, sustentados pela maior produção prevista no setor.

Fonte: Estadão.

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