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PR: Frigorífico Garantia fecha unidade em Maringá

Com a proibição das exportações da carne paranaense, o frigorífico Garantia, em Maringá (PR), optou por fechar as portas no estado. Na quinta-feira foram demitidos 800 trabalhadores. Apesar da medida extrema, a empresa pretende retomar as atividades assim que a produção possa ser embarcada para o mercado internacional.

Com a proibição das exportações da carne paranaense, o frigorífico Garantia, em Maringá (PR), optou por fechar as portas no estado. Na quinta-feira foram demitidos 800 trabalhadores. Apesar da medida extrema, a empresa pretende retomar as atividades assim que a produção possa ser embarcada para o mercado internacional. Segundo reportagem de Lyrian Saiki, do Paraná On Line.

De acordo com o advogado do frigorífico, Marcos Rodrigo de Oliveira, a indústria operava no vermelho há 16 meses e realizou o último abate em 1º de março. “Desde então, estudamos a abertura de mercado, a possibilidade de retomar as exportações. Como não existe perspectiva, a empresa decidiu encerrar as atividades temporariamente. Esta unidade, a maior do Grupo Garantia, tem custo de manutenção elevado e não é competitiva com o mercado interno”, justificou Oliveira. O grupo conta com unidades menores no Mato Grosso do Sul e em São Paulo, voltados para o mercado interno.

Desde que o estado começou a enfrentar restrições devido à aftosa, o Garantia reduziu o número de abates de 1,4 mil cabeças por dia para 500. O número de funcionários também caiu de 1,4 mil para 800 em pouco mais de um ano.

Apesar de ter conhecimento que os abates não pagavam o custo da indústria, o encerramento das atividades surpreendeu o assessor econômico do Sindicato da Indústria de Carne no Paraná (Sindicarne-PR), Gustavo Fanaya. “A gente esteve reunido com a direção do frigorífico semanas atrás. Reclamaram das dificuldades por conta da aftosa, mas não falaram que poderiam demitir ou fechar”, disse.

Para ele, o fim das atividades do frigorífico pode desestabilizar a cadeia produtiva, com oferta sem demanda, e pode influir na formação de preços, cujos custos serão elevados se o pecuarista tiver que vender para uma indústria mais distante.

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