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Pratini acredita que crise se dissipe no 2º semestre

As perspectivas para o mercado da carne este ano tendem a melhorar a partir de julho ou agosto, na opinião do ex-ministro Pratini de Moraes, consultor do grupo JBS/Friboi, manifestada nesta semana, durante evento da Associação Goiana dos Criadores de Zebu (AGCZ) e do Fundepec. "A crise é de confiança, não é uma crise sistêmica financeira", disse, demonstrando expectativa de que a normalização ocorra na metade deste ano.

As perspectivas para o mercado da carne este ano tendem a melhorar a partir de julho ou agosto, na opinião do ex-ministro Pratini de Moraes, consultor do grupo JBS/Friboi, manifestada nesta semana, durante palestra no Lancaster Grill, atendendo a convite da Associação Goiana dos Criadores de Zebu (AGCZ) e do Fundepec. “A crise é de confiança, não é uma crise sistêmica financeira”, disse, demonstrando expectativa de que a normalização ocorra na metade deste ano.

Para o ex-ministro da Agricultura, Goiás deve tirar proveito da crise financeira global, porque produz alimentos básicos como carnes, grãos e lácteos, que o mundo carece.

Um dado que anima Pratini de Moraes é o crescimento da população até 2050. O Brasil na atualidade comercializa cerca de US$40 bilhões em alimentos com o exterior e importa pouca comida. Exemplificou que os brasileiros importam salmão do Chile, que não adquirem nem um pouco de suínos, nem de frangos. Além disso, Pratini acredita que os países emergentes (asiáticos e africanos) são uma saída para vender mais.

O aumento do valor agregado à produção é defendido de unhas e dentes pelo ex-ministro. Na sua opinião, há necessidade dos brasileiros desenvolverem mais a indústria de alimentos, e assim auferir maior lucratividade.

A propaganda dos seus produtos no exterior é outro fator reclamado pelo conferencista. A criação da marca é de real importância para ganhar firmeza no mercado. Citou o exemplo da França que ganhou notoriedade nacional e internacional com os perfumes.

Com relação ao rebanho nacional, Pratini de Moraes confirmou a sanidade e conseqüente melhoria da carne bovina, suína e de frangos.

Ele lamentou o episódio criado pelo Canadá e disse que, na época, pôs o dedo na cara do então primeiro ministro daquele país, que acusava o Brasil de não manter a sanidade de seu rebanho, dizendo, “Olha, a doença da vaca louca está na Irlanda e não no Brasil”. Com esse episódio audacioso, quis mostrar que os brasileiros “precisam partir em defesa de seus interesses e jamais se amedrontar diante de acusações incabíveis”. No seu conceito, o Brasil precisa ser “mais consistente e coerente”.

Suas críticas se concentram na logística brasileira, que onera os custos dos transportes em decorrência da precariedade das rodovias e da carência ferroviária, hidroviária e dos portos.

Pratini de Moraes relacionou alguns desafios globais: saúde animal, protecionismo europeu, barreiras sanitárias, segurança e qualidade, rastreabilidade, meio ambiente e questão social, cambio e OMC, chamando atenção especial para as questões ambientais e de ordem social.

As informações são da assessoria de imprensa do evento, Associação Goiana dos Criadores de Zebu (AGCZ) e Fundepec, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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