O mercado físico do boi gordo terminou a quarta-feira (27/11) sem variação de preços em São Paulo. A queda no poder de compra da população, que tradicionalmente ocorre no final do mês, reduziu o ritmo das vendas de carne no atacado e varejo, contribuindo para limitar os avanços da arroba.
O boi gordo permaneceu cotado a R$ 350 por arroba, no comparativo diário, segundo dados da Scot Consultoria. A vaca e a novilha estão cotadas a respectivos R$ 325 e R$ 342 por arroba a prazo.
As recentes altas nos valores do gado e os repasses que foram feitos para os preços da carne bovina também ajudaram a travar a comercialização agora, ao menos até que os pagamentos dos salários sejam realizados.
“Dessa forma, a ponta compradora está realizando negócios para compor suas escalas de forma mais compassada”, disse em nota o analista Ygor Maggiori, da Scot Consultoria, sobre os frigoríficos.
As programações de abate da indústria atendem há cerca de cinco dias úteis, nível considerado ajustado.
Na avaliação da consultoria Agrifatto, as vendas de carne bovina no mercado atacadista estão com desempenho mais fraco desde o fim de semana, o que acaba gerando um sinal de alerta para os frigoríficos, que tiveram que ajustar os abates para alinhar a produção à demanda.
“Em consequência dessa tendência de baixa, há mercadorias acumuladas nos pontos de distribuição. O que gera uma preocupação ainda maior é que ainda há mercadorias remanescentes da semana passada para venda”, alertou a Agrifatto.
Este cenário de baixo consumo é típico da segunda quinzena do mês onde o consumidor está descapitalizado e acaba procurando proteínas mais acessíveis.
Neste cenário, a carcaça do boi castrado (referência para a carne no atacado) também ficou estável no comparativo diário, a R$ 23,50 por quilo.
Fonte: Globo Rural.