Após dois dias de altas consecutivas, os preços do boi gordo ficaram estáveis em São Paulo. Entretanto, especialistas acreditam que o viés do mercado físico é positivo, com possibilidade de novos avanços nas cotações no curto prazo.
“É observada uma pressão de alta, em razão da redução da oferta de boiadas que chegam nas indústrias. Outro indicador dessa pressão é a redução das escalas de abate que, em julho, eram maiores que dez dias, e hoje a média está em oito dias”, informou a Scot Consultoria em nota.
Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), referências para o Estado, o preço bruto do boi gordo permaneceu em R$ 235 por arroba a prazo, na variação diária.
Outros Estados, porém, viram altas nas cotações do gado. No norte de Minas Gerais, o boi gordo subiu R$ 1 por arroba, para R$ 217 por arroba a prazo.
Em Mato Grosso do Sul, os municípios de Dourados (MS), Três Lagoas (MS) e Campo Grande (MS) também marcaram avanços nas cotações, para respectivos R$ 237, R$ 236 e R$ 240 por arroba a prazo.
Ainda de acordo com a Scot, os preços do gado subiram no oeste de Maranhão, sudeste de Rondônia e sul de Tocantins.
A consultoria Agrifatto acrescenta que a pressão altista voltou a acontecer de maneira mais intensa no mercado do boi gordo porque, além da redução na oferta de bovinos, há uma demanda equilibrada, com compradores aceitando os preços atuais da carcaça bovina no atacado e da carne exportada.
No mercado interno da carne, a atenção agora está voltada para as negociações que garantem o abastecimento de carne bovina para a ultima semana de agosto.
“Sendo um mês longo, com 22 dias úteis, tende a ser mais desafiador para o setor e com a demanda reduzida resultando em maior pressão sobre os preços no atacado”, disse a Agrifatto. Ainda assim, o valor da proteína não caiu a carcaça casada do boi castrado ficou cotada a R$ 15,80 por quilo, demonstrando estabilidade no comparativo semanal.
Fonte: Globo Rural.