Quais os desafios do cruzamento industrial no Brasil? Participe!

Enoch Borges de Oliveira Filho, da Genex Reprodução Animal, de Tocantis, comentou o artigo de Miguel Cavalcanti no BeefPoint: Reflexões sobre preço do bezerro e do boi gordo, e instiga uma discussão sobre o cruzamento industrial:

Miguel, muito apropriados seus comentários sobre bezerro, mercado, qualidade genética, etc. Estou produzindo tourinhos Nelore P.O. aqui no Tocantins, há sete anos. Tenho visto melhorar muito o mercado, a busca por qualidade e a difusão de tecnologia reprodutiva (IATF, FIV).

O que acho que não foi abordado no artigo em pauta é a questão do cruzamento industrial, que está gerando um bezerro bem caro e disputado, mas não está ainda “pegando” em muitos lugares. Aqui, mesmo, está “fraquinho”, enquanto em Redenção, Pará, está bastante aquecido.

Agora, com a IATF, só utilizando o sêmen de touros Aberdeen Angus, ou Red Angus, sem ter os touros a campo cobrindo, dá um resultado espetacular. Daria para comentar isso também? Um bezerro cruzado vale R$ 1.200,00, o Nelorinho da mesma idade vale R$ 850,00- R$ 900,00.

Fui criador de Limousin em Uberlândia na década de 90, ganhei um bocado de troféus em exposições, a raça ia bem, de repente, todo mundo abandonou o barco. O mercado simplesmente desapareceu. Agora, o Angus está florescendo, tecnicamente tem mais qualidades para o mercado internacional que o Limousin, mas ficou um estigma, aquele medinho de entrar e perder o pé novamente.

Seria bom ouvir dos especialistas em mercado de bezerros qual o caminho a seguir, quais as limitações e dificuldades do cruzamento industrial nos dias de hoje e quais as raças que podem participar. Eu, particularmente, aposto no Senepol e no Braford, além do Angus.

Participe do debate: quais as limitações e dificuldades do cruzamento industrial no Brasil?