Balizador de preços do boi gordo GPB/DATAGRO – Boletim de 15-setembro-2023
18 de setembro de 2023
Balizador de preços do boi gordo GPB/DATAGRO – Boletim de 18-setembro-2023
19 de setembro de 2023

Queda dos preços impulsiona o consumo de carne no país

Para o consumidor, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra uma baixa de 7,9% no preço do frango inteiro neste ano até julho e de 9,4% para o frango em pedaços. Segundo a Horus, os preços dos itens de frango que constam da cesta de compras caíram de R$ 19,03 em janeiro, para R$ 19 em abril e R$ 16,57 em julho.

A incidência de carne bovina, que era de 1 item por sacola de compras em janeiro, também subiu em abril e manteve-se assim desde então, com 1,3. Segundo o Cepea, os preços do boi gordo caíram no Estado de São Paulo, de mais de R$ 290 a arroba, para menos de R$ 260 em abril.

O IPCA mostra uma queda de 7,9% no indicador de carnes em geral, com baixa pronunciada de 11,5% nos preços da alcatra, por exemplo, e de 8,5% no acém. No levantamento da empresa de inteligência de dados, o tíquete médio da carne bovina, que estava em R$ 34,26 em janeiro, passou para R$ 33,83 em abril e para R$ 31,01 em julho.

No caso da carne suína, a incidência passou de 1 para 1,1 na mesma comparação. O indicador oficial de inflação mostrou uma baixa de 3,8% em média nos valores praticados no país entre janeiro e julho. Enquanto isso, o levantamento da Horus mostra um preço médio de R$ 22 para as compras de suínos em janeiro, R$ 25,16 em abril e R$ 22,47 em julho.

“Nos anos anteriores, com a pandemia, elevou-se muito o consumo de ovos. Mas com a renda e os preços das proteínas animais mais estáveis, as famílias voltaram a preferir as carnes”, afirmou ao Valor Ana Carolina Fercher, chefe de percepções e consumo da Horus.

Os preços médios dos ovos subiram 16,6% neste ano, segundo o IPCA, o que também desestimula o consumo. No acompanhamento da consultoria, o valor médio dos ovos levados ao caixa passou de R$ 0,80 em janeiro para R$ 0,97 em abril e tem se mantido assim.

A executiva considera que há uma estabilidade nos preços desde meados de 2022, o que proporcionou um leve aumento no consumo de carne bovina em relação ao frango. “A gente percebe que as pessoas preferem carne de boi, mas o preço é um restritivo porque é mais caro e, em muitos momentos, o consumidor então opta pelo frango. Ainda assim, ao analisar o histórico vemos um pico de consumo sempre nos fins do ano, com as festas e churrascos de verão”, observou.

A incidência de carne bovina nas compras fica entre 47% e 48% ao longo do ano, com pequenas quedas quando os preços sobem. Mas entre outubro e fevereiro, passa para 54% das compras. Nesse período, a incidência de frango, que é em média de 54%, passa para 49% ou 50%. A carne suína tem uma incidência entre 13% e 16% ao longo do ano e atinge picos de 20% nas festas de fim de ano, segundo a Horus.

Fonte: Valor Econômico.

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