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Região de Jóia livre de febre aftosa

O Ministério da Agricultura e a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul decidiram ontem revogar a resolução conjunta que estabelecia a zona de emergência em nove municípios da região de Jóia, onde foram detectados focos de febre aftosa em agosto do ano passado, segundo reportagem de Sérgio Bueno, publicada hoje no Valor Online. Tão logo o acordo seja assinado pelas duas partes, o ministério levantará as últimas restrições para o trânsito de animais vivos do Estado para outras regiões, que incluíam períodos de quarentena na origem e no destino e duas sorologias.

O fim da zona de emergência foi decidido após a realização, durante 60 dias, de exames sorológicos em 280 animais sentinelas distribuídos entre onze propriedades da região. Em oito, onde os resultados foram considerados “indeterminados”, serão colocados novos bovinos, pelo menos cinco em cada, que serão submetidos a duas sorologias no sétimo e no décimo-quinto dias. Em seguida serão abatidos para análise do tecido do esôfago.

“Tomamos esta decisão por zelo, para evitar qualquer questionamento no futuro”, explicou o diretor do Departamento de Defesa Animal do ministério, Hamilton Farias. Segundo ele, nenhum animal sentinela apresentou sintomatologia clínica no período. Os resultados indefinidos podem ter sido provocados por problemas de sensibilidade ou de especificidade das provas para identificação do vírus.

Farias reuniu-se com o chefe do Departamento de Produção Animal da secretaria gaúcha, Guiomar Bergmann. Segundo ele, a reintrodução de sentinelas não altera o cronograma para o reconhecimento internacional do Rio Grande do Sul como área livre de aftosa sem vacinação.

Pelas regras da Organização Internacional de Epizootias (OIE), o status só é obtido depois de um período de um ano sem vacinação e sem o registro de casos da doença. Rio Grande do Sul e Santa Catarina suspenderam a imunização em maio do ano passado e o último caso de aftosa na região de Jóia foi em outubro.

Como conseqüência, se até outubro deste ano não aparecer nenhum outro caso no Estado, o pedido de reconhecimento de zona livre sem vacinação será encaminhado pelo ministério à OIE em janeiro do ano que vem. Neste caso, ele poderá ser aprovado definitivamente na reunião anual ainda em maio de 2002, explicou Hamilton Farias.

Por Sérgio Bueno, para Valor Online, 02/02/01

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