MilkPoint e BeefPoint abrem novo espaço para universitários do agronegócio
28 de maio de 2004Controle biológico e alternativo do carrapato dos bovinos
1 de junho de 2004Relações de troca recordes
A reposição é responsável pela maior parte do custo de produção em sistemas de recria e engorda. Podem representar, aproximadamente, de 50 a 75% do total desembolsado pelo produtor.
No ano passado, recriadores e invernistas foram agraciados por relações de troca favoráveis, que ajudaram a amenizar o impacto negativo do aumento dos preços dos insumos agrícolas sobre os custos de produção.
Em São Paulo, por exemplo, na média de novembro de 2003 (mês do pico do boi gordo no ano passado) foi possível adquirir 2,49 bezerros nelore, de 12 meses, com a venda de 1 boi gordo. Há muito tempo o comprador não topava com uma relação tão favorável, a melhor dos últimos 6 anos (figura 1).
Tem-se aí o resultado da forte desvalorização do bezerro, mais de 22%, em valores reais, do início de 2002 ao final de 2003, tomando novamente como base o mercado paulista. Anos de retenção de matrizes deixou o mercado ofertado, tirando a sustentação dos preços.
Com a balança ainda pendendo para o lado da oferta, o mercado de animais para reposição não teve força para uma recuperação de preços já este ano. Pelo contrário, os reajustes observados ficaram abaixo da inflação do período que, de acordo com o IGP-DI, deverá ficar próxima de 4%.
Tabela 1. Variação dos preços nominais das principais categorias de animais (machos) para reposição em 2004. Média de 12 Estados
O mercado do boi gordo, por sua vez, iniciou o ano em ambiente frouxo (normal para o período de safra), mas passou a trabalhar em alta a partir de abril. Reflexo do bom desempenho das exportações e dos problemas gerados pelo SISBOV.
Assim, as relações de troca que vinham em queda desde novembro/dezembro de 2003 voltaram a subir, retornado a patamares próximos aos daquela época (figura 2). Isso em maio, quando geralmente ocorre a “desova” de animais terminados, tirando a sustentação das cotações da arroba do boi gordo e empurrando as relações de troca para baixo.
Se o ambiente se mostra favorável ao comprador hoje, o que esperar para o final do ano?
Caso se confirme a expectativa de que a arroba do boi gordo se aproxime, ou supere ligeiramente os R$70,00 no pico da entressafra, as relações de troca deverão melhorar, em muito, na comparação com 2003.
É verdade que a valorização do boi gordo pode carregar junto os preços dos animais de reposição. Contudo, principalmente para os animais jovens, os reajustes não devem ocorrer na mesma proporção.
Seria muita pretensão afirmar que o produtor voltará a adquirir, em São Paulo, 3 bezerros com a venda de 1 boi gordo, como era possível há 20 anos. Contudo, num cenário conservador, é possível esperar por uma relação de troca entre 2,70 e 2,80 bezerros por 1 boi gordo. Quase lá.
Vale a pena aproveitar o momento. O significativo aumento do volume de abate de fêmeas nesses últimos dois anos deve levar a uma forte redução da oferta de bezerros em 2005. A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina estima que cerca de 2,5 milhões de animais deixarão de ser colocados à venda.
Provavelmente estamos presenciando o fim do ciclo de baixa do bezerro.
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Muito mais útil que o índice “relação de troca” é o valor “margem bruta, em dólares ou em reais em valor presente (deflacionado, por exemplo, pelo IGP-DI), restante após venda à vista de um boi gordo de 17 arrobas e imediata reposição com um bezerro nelore de 8 meses”.
Afinal de contas, ninguém vende um boi e sai comprando 3 bezerros. O normal é comprar apenas um. A Scot certamente tem um banco de dados que permite calcular este valor, tanto hoje como retroativamente.
Gostaria muito de conhecer os resultados.
Meus parabéns ao Humberto Tavares pela colocação.
Procuro mostrar este raciocínio aos colegas, pois a relação de troca é um número malandro que não diz muita coisa e ilude os desavisados, que são muitos. Como diz um ditado mineiro: “Não importa o quanto nóis ganha, o que vale é o quanto nóis guarda”.
Deveria se falar mais em custos e retornos, para que o pecuarista em geral aprenda a “fazer conta” e falar menos em produtividade, pois esta, quando mal interpretada, anda dando prejuízo pra muita gente, em benefício do consumidor, do atravessador, do frigorífico.
Onde se lê “deflacionado”, leia-se “corrigido”.
Em números- Margem bruta x Relação de Troca
Exemplo 1: @90 boi de 17@=R$ 1.530,00 bez=630,00 Relação de troca=2,55
Margem bruta=R$ 900,00
Exemplo 2: @100 boi de 17@=R$ 1.700,00 bez=700,00 Relação de troca=2,42
Margem bruta=R$ 1.000,00
No Ex 1 a Relação de troca é maior (2,55) mais a arroba e o bezerro mais baratos.
No EX 2 a Relação de Troca é menor, em compensação Arroba e bezerro melhor remunerados.
A relação de troca até indica um bom momento de venda de bois gordos para compra de bezerros. Uma forma similar de avaliação é analisando a oscilação do ágio do kg de carne do bezerro em relação ao kg da carne do boi gordo. E a compra do bezerro é sem dúvida o maior custo do invernista.
Mas como já colocaram o invernista clássico, com rebanho estabilizado, só compra um bezerro quando vende seu boi gordo. Não compra 2 ou mais. A diferença de valores do boi gordo e do bezerro ele usa para bancar o custeio da atividade pecuária e suas despesas pessoais. Ai importa mais saber quantos reais sobram depois de feita a troca.
Não acho que um critério de análise seja melhor que outro. Depende de cada caso. E não há pq se basear apenas em um dos critérios.
Noticia triste!
A Dilma não demitiu o Wagner Rossi!
Na minha região, Rib. Preto SP, ele é considerado um "mestre" dos "mestres" em falcatruas e negociatas em beneficio próprio.
É um corrupto nato, que vive da politica em seu beneficio!
Foi uma pena a sua permanência no ministério.