Uma reunião entre técnicos do Ministério da Agricultura e da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, que deverá ocorrer hoje em Brasília, vai avaliar o combate à aftosa adotado pelo Estado. Serão discutidos temas como a venda de animais e carne com osso para fora do Estado, além do abate dos animais contato em frigoríficos.
A expectativa dos pecuaristas, que acompanharão atentamente o encontro, é de que, caso os procedimentos forem aprovados, seja dado o primeiro passo em direção à abertura dos corredores sanitários para o escoamento da produção gaúcha.
Segundo o presidente da Federação da Agricultura (Farsul), Carlos Sperotto, o setor vai aguardar o resultado da reunião para retomar as discussões sobre pontos ainda pendentes. Ontem, em reunião com sindicatos rurais em Santana do Livramento, Sperotto recebeu cartas de reivindicações de produtores de Lavras do Sul, Alegrete e São Vicente do Sul. Entre as exigências estão a definição dos valores e de quem vai se responsabilizar pela indenização dos pecuaristas obrigados a encaminhar o gado ao abate sanitário. A argumentação é de que os preços pagos pelos frigoríficos dificilmente irão se aproximar do valor de mercado que esses exemplares poderiam alcançar.
Sperotto defende a tese de que o ministério e a secretaria devem arcar com o custo. Um levantamento feito pela secretaria mostrou a necessidade de abate de 2.251 animais – 1.309 bovinos e 942 ovinos – que tiveram contato com os focos de aftosa. Pelas regras do Código Zoossanitário Internacional, todo o rebanho suscetível à doença em um raio de três quilômetros do foco deve ser sacrificado, como foi feito em Jóia no ano passado. Se essa determinação fosse observada no Estado, onde foram registrados 29 focos neste ano, o volume de abates seria 300% maior.
fonte: Zero Hora/RS, adaptado por Equipe BeefPoint