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RS: Bernardi mantém proibição à carne com osso

O secretário da Agricultura e Abastecimento do RS, Celso Bernardi, garantiu, ontem que está mantida integralmente a portaria nº 200, que restringe o ingresso de gado em pé e de carne com osso em território estadual. Desde novembro de 2005, o estado mantém barreiras sanitárias em decorrência de focos da enfermidade diagnosticados em Mato Grosso do Sul, informou notícia da assessoria de imprensa do governo do estado.

O secretário da Agricultura e Abastecimento do RS, Celso Bernardi, garantiu, ontem que está mantida integralmente a portaria nº 200, que restringe o ingresso de gado em pé e de carne com osso em território estadual. Desde novembro de 2005, o estado mantém barreiras sanitárias em decorrência de focos da enfermidade diagnosticados em Mato Grosso do Sul, informou notícia da assessoria de imprensa do governo do estado.

“O Rio Grande do Sul não modificará as exigências para compra de carne oriunda de outras regiões do país e o Departamento de Produção Animal implementará a fiscalização na divisa com Santa Catarina para impedir a passagem do produto”, anunciou o novo dirigente.

Bernardi considera caso isolado a entrada de carga oriunda de Rondônia, na semana passada, e atribui a ocorrência ao período de transição de governo.

O presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, pretende agendar audiência com o secretário Celso Bernardi, para pedir que o Rio Grande do Sul flexibilize a portaria. Para o dirigente, apesar de o período de maior consumo – durante as festas de final de ano – ter passado, o a demanda por costela continua no verão. ´Se não houver possibilidade de flexibilização, vamos pedir maior fiscalização para evitar ingresso de carne clandestina´, disse.

0 Comments

  1. Julio M. Tatsch disse:

    Manifestamos nosso integral apoio e acordo ao posicionamento do novo secretário da agricultura Dr. Celso Bernardi, relativo a manutenção da portaria n° 200.

    Neste episódio da entrada de carne com osso no RS oriunda de outro estado, aumentando o risco sanitário do rebanho gaúcho, e beneficiando alguns poucos, já que a maioria do diferencial de preço é absorvida pelos intermediários, e normalmente não chegando ao consumidor final, baseado no ocorrido nas carnes sem osso.

    Analisando o custo benefício envolvido, não há lógica que justifique a entrada de carne com osso no estado (provavelmente costela), já que as indústrias que industrializam carnes bovinas utilizam retalhos e carne sem osso, e sendo permitido a entrada no RS de carne sem osso maturada e desossada, oriunda de estados com status sanitário igual ou superior.

    A tristeza do ocorrido é o destinatário da carne com osso, ter sido um grande frigorífico do RS (conforme divulgado na imprensa do RS), o qual estimula parcerias com pecuaristas e padrões de produção. Que visão de cadeia produtiva e de relação de parceria!

    O ensinamento extraído do fato é o antigo ditado, avaliar as pessoas (ou empresas) pelos atos e não pelas palavras. Outro comparativo, no Uruguai (com rebanho bovino menor que o RS), há mais de 30 plantas aptas á exportação, no RS são em torno de quatro grupos aptos a exportar, e um representando mais de 50% da exportação. Tal concentração versus a pulverização dos pecuaristas cria uma situação de disparidade de forças.

    Julio Tatsch
    Agropecuarista
    Presidente do Sindicato Rural de Caçapava do Sul – RS

  2. Edson Nilo Padilha Freitas disse:

    Parabenizo o Secretário da Agricultura Celso Bernardi pela manutenção da proibição de entrada de carnes com osso oriundas de outros estados.

    Manifesto-me solidário também a posição do Sr. Júlio Tatsch, quando coloca a situação do mercado de carnes do Rio Grande do Sul.

    Está na hora de os produtores rurais cobrarem de seus parceiros posições como tem cobrado de seus governantes.

    Discursos dúbios com relação a parcerias que estimulam o produtor a investir mais para oferecer aos frigoríficos o padrão de carne desejado e que pode ser comprometido com atitudes como a do episódio da entrada de carnes de Rondônia, são tão prejudiciais quanto a manutenção de carga tributária elevada.

  3. José de Barros Vieira disse:

    Todas as cartas que comentaram a notícia acima são decorrentes da do Sr. Júlio Tatsch, e estão todos com muita razão, pelo menos é o que posso ver daqui do interior de SP.

    Pena que, em decorrência de uma atitude protecionista, onde o lucro real e imediato é vislumbrado, nossa imagem no exterior pode ficar em jogo: se não entramos em acordo aqui dentro, como podem confiar no país como um todo?

    José de Barros Vieira
    Médico Veterinário

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