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RS: setor teme problemas com mudança na vacinação

Calor e polêmica marcaram ontem a abertura simbólica da campanha de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa, que se estende até o dia 30 no Estado. Irritados com a alteração no calendário, pecuaristas criticaram a obrigatoriedade de três etapas já neste ano. Desde o começo das tratativas, a fase extra na transição foi o principal ponto de discórdia.

Calor e polêmica marcaram ontem a abertura simbólica da campanha de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa, que se estende até o dia 30 no Estado. Irritados com a alteração no calendário, pecuaristas criticaram a obrigatoriedade de três etapas já neste ano. Desde o começo das tratativas, a fase extra na transição foi o principal ponto de discórdia.

Devido ao custo adicional não previsto, o diretor da Farsul Francisco Schardong teme que a realização de duas campanhas até maio resulte em recuo do atual índice de cobertura vacinal, que é de 95%.

Pelo novo cronograma, proposto pela Secretaria da Agricultura (Seappa) e aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os animais serão vacinados agora, em maio e em novembro. A partir de 2010, o mês de janeiro será eliminado. “Lamentavelmente, nossa proposta foi rejeitada. Precisamos de uma forte campanha para mobilizar o produtor”, disse Schardong.

O chefe da Divisão de Fiscalização da Seappa, Fernando Groff, garantiu que haverá reforço da fiscalização para manutenção dos índices acima dos 85% preconizados pela OIE. Além disso, está prevista campanha de divulgação. A verba sairá do convênio com o governo federal que prevê R$ 600 mil para aplicação em publicidade diversa.

O Mapa e a Seappa alegam que a opção foi pela prudência, mas o assunto não é consenso nem no ministério. O principal argumento técnico do chefe da Divisão de Sanidade do Mapa no Estado, Bernardo Todeschini, é que a dose extra evitará que os animais fiquem mais de 12 meses sem vacinação. Mas recentemente, na Capital, o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Jamil Gomes de Souza, disse que, com o alto nível de vacinação registrado no RS, não haveria impedimento para a realização de apenas duas etapas.

O diretor do Departamento de Produção Animal da Seappa, Dagoberto Bueno, está convencido de que foi a decisão mais prudente. “A nossa cobertura é alta, mas e a circulação viral no Paraguai e na Bolívia?”, destacou.

O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, adotou um tom conciliador. “questão de sanidade é compartilhada. Todo mundo tem que fazer a sua parte.” Alheio ao calor do debate, o agricultor familiar Fernando Aguiar, que sediou a abertura da vacinação, em Osório, estava tranquilo ao ver um de seus cinco bovinos vacinados. “Duas ou três etapas, tanto faz, o importante é ter segurança.”

As informações são do jornal Correio do Povo/RS, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. João Francisco S. Vaz disse:

    Senhores,

    Sempre fui um crítico da vacinação em pleno janeiro, nem tanto pela reação vacinal acompanhada pelo stress térmico, mas pelo simples fato de que as vacas estão servidas ou inseminadas, e a vacinação certamente contribui para perdas embrionárias significativas com reflexos na parição.

    Não entendia como meus colegas veterinários ligados à Secretaria de Agricultura ou ao MAPA não perceberam isso durante tanto tempo.

    Bem, agora que este terrível erro está sendo resolvido, os Produtores estão achando ruim?

    Definitivamente eu não entendo!

    Pelo que entendí, é apenas neste ano de 2009 (ano de implantação), que será necessário manejar o gado 3 vezes (janeiro-maio-novembro), mas já em 2010, a vacina em janeiro fica suprimida!

    Se a objeção é essa, recomendo que os interessados leiam e entendam com mais atenção o texto da nova lei.

    Eu particularmente, considero uma reparação de um erro esratégico!

    Grato.

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