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Rússia está pagando preços recordes por carne uruguaia

A Rússia é o principal cliente do Uruguai para carne bovina e mostra uma demanda firme, mantida e com valores que marcam tendência de alta. Os preços por cortes de dianteiro conhecidos como Chuch & Blade valem hoje US$ 4.800 por tonelada FOB e chegam a US$ 5.000 por tonelada com custos mais frete, representando um recorde absoluto na história da pecuária uruguaia. Hoje, o mercado russo é o principal dinamizador dos valores da tonelada uruguaia, que também está em níveis recordes ao chegar a uma média de US$ 3.738, segundo dados do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC).

A Rússia é o principal cliente do Uruguai para carne bovina e mostra uma demanda firme, mantida e com valores que marcam tendência de alta. Os preços por cortes de dianteiro conhecidos como Chuch & Blade valem hoje US$ 4.800 por tonelada FOB e chegam a US$ 5.000 por tonelada com custos mais frete, representando um recorde absoluto na história da pecuária uruguaia. Hoje, o mercado russo é o principal dinamizador dos valores da tonelada uruguaia, que também está em níveis recordes ao chegar a uma média de US$ 3.738, segundo dados do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC).

Os valores da carne uruguaia na Rússia nem sequer puderam se igualar aos de 2008, que foi um ano recorde para o Uruguai quanto às exportações de carne bovina e aos preços do produto no mercado internacional. Até agora, o mercado russo absorveu 22.059 toneladas de carne bovina (até 19 de março), quando, no ano passado na mesma data, tinha comprado 20.288 toneladas.

Além dos cortes de dianteiro bovino, os importadores russos também são fortes importadores de miúdos bovinos, como fígado e língua. Nessa categoria, a demanda não está forte e teve baixa nos preços. Hoje, no mercado russo, a tonelada de fígado bovino vale US$ 1.680, quando, há poucas semanas, chegou a US$ 1.900. As línguas bovinas, pelas quais havia forte demanda, valem hoje US$ 5.000 a tonelada, mas chegaram a US$ 6.000.

Para a carne bovina, as perspectivas nesse mercado são mais animadoras. Segundo o diretor da empresa que normalmente faz negócios com a Rússia, Mirasco International Food Merchants, Samy Ragi, “os importadores russos acabam de receber os 75% restantes das cotas de importação de carne – e outros 25% tinham recebido das mãos do governo no começo do ano – e têm tempo para cumpri-la até 31 de dezembro”.

Outra boa notícia para a cadeia uruguaia de carnes é que o Brasil, que compete com o Uruguai no mercado russo, “está com uma carne cara; os dianteiros bovinos valem quase US$ 5.000”. A tudo isso se soma que a Argentina “não tem carne para exportar”. Além disso, ambos os mercados estão sendo relacionados com redes de contrabando de carnes recentemente detectadas pelo governo russo e isso prejudica seus negócios.

Os frigoríficos uruguaios estão aumentando a colocação de carne nos Estados Unidos e os importadores russos tiveram que pagar preços melhores para poder competir. Essa competição é que “fez subir os preços do Uruguai”, disse Ragi, ao analisar o comportamento do mercado. Hoje, o grande problema que os frigoríficos uruguaios têm no momento de fazer negócios é a falta de gado.

Ragi também disse que o Oriente Médio e norte da África “estarão muito complicados esse ano” e que o Uruguai que, normalmente vende carne bovina, ovina e miúdos a esses mercados, será prejudicado pelos conflitos.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Laerson Pietrobon disse:

    Que preço o pecuarista uruguaio recebe pela arroba .

  2. alexandre souza donatoni disse:

    Parabéns pela coloccação Gustavo.

  3. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    A industria frigorífica é uma industria de desmanche….de um boi produz-se inumeros cortes..a arte esta em conseguir colocar os cortes onde o preço seja o melhor. Este jogo é que sustenta ou não o preço pago ao pecuarista. O Brasil tem feito isto de maneira exemplar, mas conta com um mercado interno que consome 3/4 da nossa produção o que facilita bastante o jogo…já o Uruguai exporta 3/4 do que produz…é um jogo mais dificil. Além disto o peso da pecuária na economia uruguai é muito maior que na economia brasileira. Dai os esforços deles para atenderem as demandas dos clientes …não podem se dar ao luxo de perder mercados.

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