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Rússia: exportação dá sinais de melhora

Mesmo com os problemas de crédito se agravando na Rússia em outubro, nos últimos dias o fluxo de transações deu sinais de melhora. Segundo os exportadores, em parte a evolução refletiu medidas adotadas por Moscou para ajudar as operações das companhias russas.

Mesmo com os problemas de crédito se agravando na Rússia em outubro, nos últimos dias o fluxo de transações deu sinais de melhora. Segundo os exportadores, em parte a evolução refletiu medidas adotadas por Moscou para ajudar as operações das companhias russas. Mas o clima também ajudou, já que nesta época do ano os embarques escasseiam devido ao rigoroso inverno daquele país, quando os portos têm as operações comprometidas.

“Até agora fomos pouco ou quase nada afetados. Mas é preciso cautela”, informou a Sadia por meio de sua assessoria de imprensa. Além de ser grande exportadora de carnes suína e de frango para a Rússia, a empresa mantém no país uma fábrica em Kaliningrado, construída com um parceiro local, a Miratorg.

O volume de carne bovina in naturadestinada à Rússia, atualmente o principal mercado externo para o produto, apresentou queda em outubro, ficando em 24,7 mil toneladas, 41,7% menos que no mesmo mês do ano passado.

Como o preço médio das vendas já vinha em elevação e ainda foi 72,12% superior ao de outubro de 2007, a receita oriunda dos embarques manteve-se praticamente estável em US$ 103,6 milhões.

Segundo o ex-ministro da Agricultura Pratini de Moraes, hoje no conselho da JBS-Friboi, maior empresa de carne bovina do mundo, também pesou para fortalecer a pressão russa por renegociações de preços o fato de o país ter importado muito no primeiro semestre e estar bem estocado.

“Na Rússia, a crise global teve grande impacto não só no câmbio como no sistema bancário. Os importadores sofreram seus efeitos”, disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, em comunicado divulgado na semana passada. Segundo ele, os russos continuavam a tentar renegociar preços, mas a falta de estoques em época de demanda crescente preservava, neste segmento, o poder de barganha das empresas brasileiras.

A matéria é de Fernando Lopes, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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