Em reunião realizada ontem na Embrapa Suínos e Aves de Concórdia, em Santa Catarina, produtores e autoridades do governo decidiram não aderir à vacinação contra a febre aftosa e descartaram a proteção tampão nos municípios da fronteira com a Argentina. O Estado apóia, entretanto, a medida no Rio Grande do Sul, que está mais próximo dos focos. A reunião contou com a presença do secretário de Agricultura, Odacir Zonta, técnicos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarnes), Federação da Agricultura do Estado (Faesc) e associações de criadores.
O diretor técnico da Cidasc, Mauro Kazmierczak, disse que não há garantia total, mas várias ações diminuem consideravelmente os riscos. Ele também questionou o porquê de se fazer uma zona tampão agora, se não houve vacinação quando ocorreu o foco em Jóia, a 166 quilômetros de Santa Catarina. Para o diretor da Cidasc, não seria uma faixa de 10 a 12 quilômetros na fronteira do Estado com Santa Catarina que representaria mais segurança a focos que estão a 679 quilômetros no Uruguai e a 844 quilômetros na Argentina.
Para o presidente do Sindicarnes e da Faesc, José Zeferino Pedrozo, não há motivo que justifique a vacinação do gado. Ele reitera que o atual status de Santa Catarina está representando a exportação de 10 mil toneladas de carne suína, somente para a Rússia.
fonte: Diário Catarinense (por Darci Debona), adaptado por Equipe BeefPoint