O setor de alimentação animal deve registrar crescimento na ordem de 2% em 2017, de acordo com previsões do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). Em 2016, o setor produziu 70 milhões de toneladas de ração e sal mineral e a estimativa é encerrar este ano com 71,4 milhões de toneladas.
De acordo com Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações, o segundo semestre foi o responsável pelo resultado positivo do ano. “Durante o primeiro semestre, mesmo com o alívio no custo da alimentação animal, a produção foi adequada à capacidade do consumidor comprometido pela crise política e instabilidade política, além da queda das exportações por conta da repercussão da operação carne fraca e das delações realizadas no período”, explica.
“Já na segunda metade do ano, a melhora do ambiente macroeconômico (queda no índice de desemprego e da taxa de juros, inflação sob controle), permitiu às famílias consumirem mais itens alimentares de primeira necessidade (carnes, leite, ovos, etc.). Também houve recuperação da confiança do cliente internacional, gerando retomada nas exportações. Esses fatores combinados imprimiram mais dinamismo à cadeia produtiva de proteína animal que depende da indústria de alimentação animal”, completa.
De janeiro a setembro, a demanda de rações para gado de corte sofreu retrocesso de quase 4% e alcançou pouco mais de 2 milhões de toneladas, principalmente por conta dos efeitos deletérios apurados no primeiro semestre. Ou seja, o retrocesso nos abates, redução no preço da arroba e certa redução no consumo interno e externo, em boa parte, consequência da confusão com FUNRURAL, das delações de corrupção, e da operação “Carne Fraca”, cujos equívocos cometidos por uma comunicação pesadamente temperada de suposições e fantasias, acabaram por colocar à prova a reputação da coletividade de fornecedores, sem distinção alguma.
A barbeiragem catapultou a desconfiança dos consumidores domésticos, sempre satisfeitos com a qualidade do produto, e essa presunção de dúvida alcançou os tradicionais importadores, até então seguros com as auditorias realizadas nos sistemas de criação, processamento e transporte empregados na cadeia produtiva nacional. Outrossim, as expectativas de continuidade da reação iniciada em julho, por conta do recrudescimento no segundo giro do confinamento e o vigor na exportação da carne, permitem prever a produção de aproximadamente 2,54 milhões de toneladas rações para gado de corte em 2017.
Fonte: Sindicações, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.