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Sistema de monitoramento remoto aprimora rastreabilidade bovina no campo

Bovinos com equipamentos de monitoramento remoto - Foto: Embrapa Gado de Corte/Divulgação Fonte: https://agro.estadao.com.br/inovacao/sistema-de-monitoramento-remoto-aprimora-rastreabilidade-bovina-no-campo

Um sistema de monitoramento de bovinos, desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), é capaz de medir a temperatura dos animais remotamente e aprimorar a rastreabilidade da carne. A tecnologia funciona por meio de um sensor acoplado na orelha do animal, alimentado por energia solar, sem necessidade de baterias e livre da influência da temperatura do ambiente.

Ao Agro Estadão, o pesquisador Pedro Paulo Pires, da Embrapa Gado de Corte, explicou que, por meio de ondas de rádio, o sistema também é capaz de monitorar a localização do animal e medir seu peso. “Nós já temos uma balança instalada no meio do pasto. Quando o animal passa por ela para beber água, por exemplo, nós o pesamos e identificamos. Então, eu sei qual é o animal, seu peso e temperatura”, detalha. “Com isso, podemos avaliar se o animal está doente, se está com febre, se a vaca está no cio ou próximo do momento do parto”.

Em comparação com a medição manual da temperatura corporal central dos mamíferos de casco, o pesquisador da Embrapa destaca que o sistema de monitoramento remoto tem um custo mais vantajoso. Além disso, a tecnologia, que utiliza um sensor no canal auditivo, oferece uma boa fixação, com menos chances de perdas durante o manejo, e contribui para o bem-estar do animal. “Em todos os testes, o animal fica bem, porque ele já usa normalmente um brinco de identificação”.

Sistema remoto otimiza trabalho no campo

A vantagem do dispositivo desenvolvido pela Embrapa e a UFMS é que a identificação do animal é feita por ondas de rádio transmitidas diretamente para um banco de dados, que pode ser acessado diretamente do escritório da fazenda. “Antes, tínhamos que olhar o brinco, a tatuagem na orelha ou a marca de ferro quente. Isso era muito dúbio e causava diversos problemas. Agora, tudo é analisado em um software com inteligência artificial”, explica Pedro Paulo.

Com o sistema, o trabalho no campo também é otimizado. “O produtor não tem que ver a temperatura do animal o dia inteiro. O software identifica, no celular ou no computador, quais são os animais que estão com febre, quais não beberam água, quais não estão ganhando peso, por mais que tenham comido. Isso faz com que o produtor tome uma decisão precoce”.

Escala comercial

O sistema de monitoramento remoto dos bovinos é fruto do trabalho de mestrado em Engenharia da Computação de Arthur Lemos, no Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada da Faculdade de Computação (Facom-UFMS), em parceria com a Embrapa Gado de Corte. A entidade procura parceiros para fabricação do dispositivo em larga escala, facilitando o acesso do produtor rural à inovação.

Fonte: Estadão.

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