A informatização das emissões de certificados implantada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou resultados obtidos desde o período da implantação (abril de 2018), após a integração das operações de exportação para carnes bovina, aves e suínos.
Quando foi implantado, o tempo médio gasto pelos fiscais na intervenção dos portos fiscais caiu de 58 horas no Porto de Santos e 109 horas, no Porto de Navegantes, para 15 minutos, padronizando o atendimento em todo território nacional.
“No caso da carne, dos mais de 300 processos por dia, só no Porto de Paranaguá, por exemplo, 99% está sendo liberado automaticamente. Só um por cento da carga está caindo nas mãos dos fiscais. Então, o controle continua sendo feito de forma mais inteligente e, com isso, a gente conseguiu reduzir a necessidade de pessoal”, afirmou Fernando Mendes, secretário adjunto de Defesa Agropecuária.
TECNOLOGIA OPERACIONAL
Mendes destaca ainda que a tecnologia permitiu dar vazão à demanda crescentes de produtos agropecuários exportados. Nos últimos 20 anos, a agropecuária brasileira aumentou consideravelmente o volume de produtos exportados, saltando de cerca de US$ 20 bilhões, em 1998, para US$ 102 bilhões, em 2018.
“O agro brasileiro quintuplicou a exportação e o número de fiscais reduziu pela metade. Matematicamente, o processo deveria estar demorando dez vezes mais, e, na verdade, estamos reduzindo o tempo”, reiterou o secretário.
Em abril deste ano, o Ministério da Agricultura liberou a certificação eletrônica para as exportações da área vegetal também integrada ao Portal Único do Comércio Exterior. Desde abril, o Ministério já identificou em alguns pontos a redução de uma média de 30 a 60 dias para 24 horas no processo de emissão de certificados de produtos de origem vegetal.
Fonte: Correio do Estado.