O diretor de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Hamilton Farias, deve divulgar hoje, em Porto Alegre, o resultado do estudo epidemiológico dos animais sentinelas das 11 propriedades da região de Jóia que ainda estão interditadas, segundo reportagem publicada hoje no Zero Hora.
Segundo o secretário federal de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos de Oliveira, Farias participa de uma reunião durante todo o dia na Delegacia do ministério. O objetivo também é avaliar com os técnicos gaúchos a situação sanitária dos municípios que registraram focos de aftosa no noroeste. A expectativa é de que as zonas de risco na região sejam reduzidas.
Oliveira também informou que o rastreamento dos 4.391 bovinos importados da França e da Alemanha entre 1990 e 1994 já começou. O trabalho é uma medida de precaução à doença da vaca louca, que já matou mais de 200 mil bovinos na Europa.
No Estado, os produtores já começaram a se mobilizar. Os técnicos da Associação Brasileira de Criadores de Limousin iniciaram o levantamento, que estará concluído até o dia 8. O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura (Farsul), Fernando Adauto de Souza, critica a postura do ministério:”o trabalho já deveria ter sido feito, mas sem alarmismo. Isso depõe contra a produção nacional”.
Segundo Adauto, na relação dos exemplares importados no período constam as raças limousin, holandês, simental, blond d’aquitaine, jersey e pardo suíço. Na Alemanha, o governo autorizou o sacrifício de 400 mil bovinos, com suspeita de contaminação.
fonte: Zero Hora/RS