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Supermercados restringem carne do PR e MS

A confirmação de focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e as suspeitas sobre quatro municípios do Paraná fizeram as grandes redes de supermercados adotarem restrições para a carne bovina produzida nos dois estados. Carrefour e Wal-Mart foram as mais rigorosas: ambas suspenderam totalmente a compra de carne paranaense e sul-mato-grossense. O grupo Sonae, que controla as bandeiras BIG e Mercadorama, e o Pão de Açúcar, que detém o Extra, optaram por medidas um pouco mais brandas.

As lojas do Carrefour no Paraná, que antes se abasteciam quase totalmente de carne vinda de Mato Grosso do Sul e, em pequena escala, de um frigorífico de São José dos Pinhais, agora compram do Rio Grande do Sul. O Wal-Mart também excluiu Paraná e Mato Grosso do Sul de sua lista de fornecedores por tempo indeterminado e agora utiliza como alternativa os estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais.

O Sonae, por sua vez, ergueu barreiras somente contra as regiões atingidas ou suspeitas de ter a doença. Segundo o diretor comercial do grupo, Alcides Batista Leite, desde que surgiram as suspeitas, a empresa foi obrigada a substituir os fornecedores paranaenses cujas fazendas estavam nas regiões ameaçadas.

A direção do Grupo Pão de Açúcar no Paraná preferiu não se manifestar. Segundo a assessoria de imprensa da rede, o abastecimento das lojas Extra e Pão de Açúcar está sendo feito pelos mesmos fornecedores. No entanto, com a exigência de que a carne venha de fazendas de fora das regiões com suspeita de contaminação.

Fonte: Gazeta do Povo/PR (por Cinthia Scheffer e Fernando Jasper), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. julio monken silva disse:

    Infelizmente o consumidor é feliz e ainda não sabe. Nunca antes o consumidor adquiriu alimentos a preços tão aviltados, e não percebe isto.

    No plano cruzado, nossas exportações de carne bovina eram ínfimas, o salário mínimo era inferior a oitenta dólares e a arroba atingiu quarenta e três dólares. Deixa faltar um pouco de mercadoria, para ver o que fazem. Um ditado campeiro prega: é no andar da carroça que as abóboras se ajeitam…

  2. Marcelo Coelho Feltrin disse:

    Se a aftosa não traz risco à saúde de quem consome a carne do animal infectado, qual a lógica do varejista parar de comprar carne do MS ou PR?

    Entendo que iniciativas desse tipo apenas jogam mais lenha na fogueira da crise que ronda a pecuária brasileira. Se os próprios brasileiros estão deixando de consumir carne desses estados, como o governo terá credibilidade para negociar o fim dos embargos de outros países?

    Só queria entender o que está por trás dessa restrição. Talvez seja ingenuidade minha, mas me parece que o mínimo que nosso governo deveria fazer é uma baita pressão para evitar iniciativas dessa natureza.

  3. Marco Garcia disse:

    Não creio que os técnicos destas empresas estejam realmente zelando pela saúde de seus clientes, já que é sabido que a carne de animais contaminados por febre aftosa não faz mal à saúde humana. Acredito mais no interesse em forçar, a qualquer custo, a queda dos preços no atacado, que seguramente, não será repassada ao consumidor.

    O que dirão os europeus, em sua costumeira ignorância em relação ao hemisfério sul, quando virem que as próprias empresas no Brasil boicotam sua carne? O que há por trás disto? Burrice? Não, isto tem cara de má fé.

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