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Temple Grandin fala sobre o que está errado – e certo – na produção comercial pecuária de hoje

Temple Grandin, pesquisadora no setor de ciência animal que ensina na Universidade do Estado do Colorado, trabalha para melhorar o bem-estar dos animais de produção. Ela é autista e acha que isso pode dar a ela uma habilidade especial para fazer seu trabalho.

“É fácil para mim descobrir como os animais pensam e como os animais reagiriam porque eu penso visualmente. Os animais não pensam em linguagem. Eles pensam em imagens. É muito fácil para mim imaginar como seria passar por um sistema se você realmente fosse uma vaca, e não uma pessoa vestida de vaca, mas realmente uma vaca, e os sentidos e emoções dos autistas são mais parecidos com os sentidos de um animal”, disse ela.

“Meu sistema nervoso era hiper-vigilante. Qualquer coisinha fora do lugar, como uma mancha de água no teto, desencadearia uma reação de pânico e os animais se assustam com a mesma coisa. Eles se assustam com coisas como ruídos agudos, barulhos súbitos, movimentos súbitos, talvez até mesmo pequenas correntes penduradas na calha e balançando, porque parecem fora do lugar, e coisas que estão fora do lugar podem significar perigo no mundo selvagem”.

RW Temple with five cows

Veja a entrevista que Grandin a Nathanael Johnson, do site Grist.org.

Nathanael Johnson: Você acha que comer carne é correto e ético dentro de nosso sistema existente?

Temple Grandin: Nós temos que dar aos animais uma vida que valha a pena. Foi isso que o Conselho de Bem-Estar Animal Rural da Inglaterra disse. Antes de ouvir isso, eu dizia “uma vida decente”, mas eu gosto de “uma vida que valha a pena”.

NJ: E os animais confinados em operações de engorda (CAFOs); elas são tão [prejudiciais aos animais]…

TG: Essa é realmente uma generalização.

NJ: Absolutamente, vamos aprofundá-la.

TG: Você não pode simplesmente dizer CAFO é isso, qualquer coisa é isso – isso é como pintar com um pincel muito grosso. As coisas não são tão simples quando você realmente vai a campo e conhece as coisas. Comparado com os maus velhos tempos, melhorou muito e eu quero dizer drasticamente. E o manejo nas plantas de abate melhorou drasticamente.

NJ: Então, quais são as qualidades de uma operação de terminação de gados que dá aos animais uma vida boa?

TG: Manter os currais secos e manter os animais limpos – isso é realmente importante. Quando eu comecei a trabalhar com bovinos, tínhamos muitos confinamentos no Arizona, onde é muito seco. Então, os currais de engorda não ficavam lamacentos e isso fornecia um bom ambiente.

NJ: Por que é tão importante mantê-los secos? Da minha perspectiva ignorante isso parece ser um ponto relativamente menor.

TG: É a coisa mais importante no projeto de um curral de engorda. Você precisa fazer seu trabalho sujo. Você tem que ir lá com grandes equipamentos e gastar dinheiro para declivar o terreno corretamente para a drenagem. Você não consegue fazer isso direito se tiver poças de água ao seu redor. Se os bovinos estão em pé na lama, eles têm mais chances de ter claudicação e esse é um grande problema de bem-estar.

E então, é claro, como você maneja o gado, esse é um ponto importante – e isso é algo que realmente melhorou. As pessoas têm visto valor em usar métodos menos estressantes de manejo. A insensibilização e o manejo na planta de abate melhoraram muito. Eu trabalhei com o McDonald’s em 1999 e 2000 e naquela época era terrível – equipamentos de insensibilização quebrados, pessoas gritando e batendo nos animais, cutucando-os repetidamente com bastões elétricos. Agora, as coisas não são perfeitas; mas são muito, muito melhores do que eram antigamente.

NJ: Existem elementos que eu posso ver se for em uma boa operação de terminação que posso achar repulsivo, mas que não são repulsivos para um novilho?

TG: Bem, é claro, se existem muitos bovinos em um lugar, eles vão ter um cheiro. Essa é uma das coisas que realmente incomodam muitas pessoas. Já ouvi muita gente me dizer isso.

NJ: Isso incomoda os animais?

TG: Eu acho que não. Você tem que controlar a poeira. Você tem que controlar a lama.

NJ: E sobre os alimentos? Ouvi pessoas dizendo que fornecer grãos aos bovinos não é bom para eles.

TG: Bom, fornecer grãos aos bovinos é como fornecer uma dieta de bolo e biscoitos. E os animais adoram comer bolos e biscoitos doces e saborosos. Obviamente, uma mamãe vaca na fazenda não pode comer isso – porque você não pode ser saudável comendo bolo e biscoitos a vida inteira. Mas então, para um novilho em confinamento, a questão é que você vai abatê-lo antes de isso o prejudicar. Eles adoram comer isso. Eles vêm correndo quando o caminhão de comida chega. É claro, os bovinos de corte são menos confinados do que as galinhas poedeiras ou os suínos.

NJ: Certo, então talvez você deva falar sobre isso. Comece pelos frangos.

TG: Lembre-se que existem dois tipos de frangos que vivem em condições muito diferentes. Existem os frangos de corte, que vivem em galpões apenas andando pelo chão e você tem as galinhas poedeiras. E é aqui que realmente começa a controvérsia sobre as instalações. Existem coisas que os criadores de galinha poedeira precisam mudar – as gaiolas em bateria padrão onde o teto é tão baixo que a ave não pode ficar à altura do andar normal.

Há um novo tipo de projeto de gaiola em que as aves podem andar em pé normalmente. Elas têm um desejo muito forte de colocar seus ovos em um lugar isolado, de forma que a gaiola tem uma pequena caixa ninho, um poleiro e um local para elas ciscarem. Para uma operação comercial de larga escala, essa é provavelmente uma boa alternativa. Agora, se você as criar em instalações soltas sem gaiolas, você tem problemas com a poeira – é difícil manter a atmosfera boa. Existem vantagens e desvantagens nos diferentes sistemas. Eu acho que a instalação tipo colônia é o melhor caminho.

NJ: Então, existem grandes operações com gaiolas enriquecidas boas?

TG: Bem, tenho uma coisa nova para lhe dizer: grande é frágil. A recente gripe aviária matou 80% das galinhas poedeiras que produzem para o mercado de ovo líquido. Metade de todos os ovos vão para os alimentos processados e de confeitaria – são os chamados ovos líquidos. Grande é muito eficiente; não é ruim! É frágil. Quando você vê dados de pesquisas com consumidores, alimentos locais é algo que realmente as pessoas querem. E você sabe, eu acho que lá no fundo, esse é um instinto primitivo sobre segurança alimentar. O que acontece se um caminhão do Walmart parar no caminho? Você viu as greves nos portos na Costa Oeste: havia contêineres refrigerados apodrecendo nas docas. As cadeias de fornecimento de carne são muito frágeis.

NJ: Eu penso nos carros como uma analogia – temos carros agora que são muito mais rápidos e muito mais eficientes do que o Model T, mas quando eles quebram, é um problema muito maior.

TG: Grande é definitivamente eficiente. Quando funciona, é excelente! Mas é também ruim, porque é uma bagunça muito maior quando quebra.

NJ: Voltando às poedeiras – eu vejo isso com meus valores humanos e gostaria de ver as galinhas expostas à luz solar e à grama…

TG: Bem, então isso é muito mais caro. E temos 25% de pessoas nesse país trabalhando em empregos com salário mínimo e eles precisam comprar os ovos mais baratos que podem. Eu acho que ovos são uma necessidade – carne bovina você até poderia dizer que é um luxo, mas não ovos.

NJ: Do ponto de vista da galinha – é claro que não podemos saber totalmente -, mas o quão importante você acha que seria estar ao ar livre?

TG: Bem, eu acho que existem certas necessidades comportamentais que devemos satisfazer e você pode realmente, cientificamente, saber quais as coisas que uma galinha quer mais. Existem formas objetivas de medir sua motivação para obter algo que quer – como uma caixa de ninho privada. Por quanto tempo ela está disposta a ficar sem comer para conseguir isso ou qual o peso da porta que ela empurrará para conseguir isso? Quantas vezes ela vai apertar um interruptor para conseguir isso?

Um ninho privado é algo que ela quer porque, na natureza, ela tem o instinto de se esconder nos arbustos para que as raposas não peguem [seus ovos]. Dê a ela alguns pedaços de plástico pendurados que ela pode se esconder atrás. Dê-lhe um pequeno pedaço de relva sintética para colocar [seus ovos]. Dê-lhe um poleiro e um pedaço de plástico para ciscar e uma altura da gaiola pelo menos suficiente para que ela possa andar normalmente. Eu chamo isso de vida em apartamento para galinhas. Elas precisam de elementos naturais? Estar ao ar livre? A ciência não pode responder isso. Eu quero dizer, há pessoas em Nova York que raramente saem ao ar livre.

NJ: Mas você não pode usar as mesmas técnicas de medida objetivas para ver o quanto as galinhas querem sair e ciscar em busca de insetos?

TG: Bem, você pode, e a motivação é bem fraca comparado com algo como ninho, que é forte. Tomar banhos de poeira – para uma galinha, banho de poeira é bom, mas é tipo “Sim, é bom ter um quarto de hotel chique, mas o econômico funciona também”. A motivação não é tão grande.

NJ: Se passarmos para os suínos, agora a controvérsia é sobre as gaiolas de gestação.

TG: Bem, sobre gaiolas de gestação, a ciência mostra que elas funcionam bem. É isso o que a ciência mostra. Porém, esse é um grau de confinamento que dois terços do público acha inaceitável. As pessoas dizem coisas como “Eu não colocaria meu cachorro nisso”. Isso é algo que provavelmente precisa ser mudado. Isso significa que os suínos precisam ficar ao ar livre? Provavelmente, não.

Outra coisa é que todas as pesquisas que foram feitas sobre gaiolas de gestação foram feitas com jovens marrãs [fêmeas suínas que ainda não tiveram filho] em sua primeira ninhada, e elas realmente podem sentar-se [porque são pequenas]. Agora, você tem muitas fazendas onde as baias são tão pequenas que as porcas não podem nem deitar de lado e nenhuma pesquisa apoia isso.

NJ: Outra coisa que as pessoas não gostam é a separação dos bezerros leiteiros de suas mães.

TG: Isso vem sendo feito há tanto tempo, em todas as famílias produtoras de leite que já vi. Isso não é novidade. Eles faziam isso nas 12 vacas leiteiras quando eu era aluna do ensino médio.

NJ: Obviamente isso não é novidade, mas é certo?

TG: Não estou dizendo que elas não fiquem chateadas, mas as vacas Holandesas ficam menos chateadas do que as vacas de corte. Uma vaca Angus ficará muito mais chateada. Há muitas diferenças individuais, mas em média, isso é verdadeiro. O que estou mais preocupada é que temos criado essas vacas Holandesas demais para a produção leiteira. Tenho um termo que chamo de sistema biológico sobrecarregado. Quando você pressiona demais um animal – seja geneticamente ou de outra forma – você começa a ter problemas com sua biologia.

Quando você cria uma animal somente para ser produtivo, produtivo, produtivo, há sempre um preço. Nada é de graça nesse mundo. Eles estavam criando para robustez. Isso exige energia para combater doenças e para produzir carne. Eu acho que precisamos avaliar uma forma de otimizar a produção. Tem locais que eles estão colocando filtros HEPA nas janelas dos currais de suínos. Bem, eu não sei se essa é a forma ideal. Talvez eles precisem criar suínos mais fortes.

NJ: E existem questões com problemas genéticos e estruturais, certo?

TG: Oh, sim. Os frangos de corte há 10 anos tinham realmente problemas de má estrutura em suas pernas. Atualmente, eles corrigiram alguns desses problemas. Os suínos ainda têm questões estruturais que começaram no final dos anos oitenta. Se você cria somente para características de produção, não se preocupa em olhar para a estrutura das pernas para se certificar de que os animais não fiquem mancos.

NJ: Há algo que queria comentar com você, porque vi alguns ativistas da causa animal falando sobre você na internet, falando do estereótipo de que pessoas autistas são frias e não têm sentimentos. Porém, fica claro quando você escreve sobre os animais que tem uma tremenda empatia e profundo sentimentos por eles. Fiquei realmente impressionado com a passagem em que você descreveu o trabalho no mecanismo de contenção de animais para um abatedouro e que, então, chorou durante todo o caminho de volta ao aeroporto.

[Essa passagem: “Para projetar um bom sistema de contenção, você tem que realmente se preocupar com os animais que esse sistema conterá. Você precisa imaginar como seria se você fosse o animal que entra no sistema de contenção. É uma experiência muito decepcionante ser uma pessoa que se importa e ainda ter que projetar um dispositivo para abater um grande número de animais. Quando completo um projeto, fico com um sentimento de grande satisfação, mas normalmente choro durante todo o caminho ao aeroporto”].

TG: Eu chorei durante todo o caminho ao aeroporto, sim. Então, pensei em outro projeto. Eu estava em uma passarela sobre um mar de bovinos – isso no verão de 1990 – e ficando meio chateada com isso. Então, eu pensei, sabe, nenhum desses bovinos teria nascido se não os tivéssemos criado – eles nunca existiriam. Mas temos que dar a eles uma vida decente.

Além disso, com meu tipo de metabolismo, ser vegan não funcionaria. Eu acho que existem diferenças genéticas na capacidade de tolerar uma dieta vegan e eu não tenho. Minha mãe é da mesma maneira – ela precisa comer sua linguiça de manhã.

NJ: E assim, quando você avalia a média do que temos para a pecuária nos Estados Unidos, esses animais têm uma vida decente da forma como você está preocupada?

TG: Isso varia muito. Algumas pessoas fazem um trabalho melhor que outras. Eu acho que com o gado, se for bem feito, eles têm uma vida decente. Existem alguns confinamentos lamacentos que precisam ser melhorados. Acho que outra questão que precisamos ver é a questão da sombra. Estamos criando bovinos maiores, temos mais bovinos pretos, temos que começar a sombrear esses confinamentos. Manter os animais limpos é realmente importante, mas os bovinos que tenho visto estão em confinamentos secos. Eu acho que eles têm uma vida decente, sim.

NJ: Quais são os maiores problemas que precisam ser resolvidos?

TG: Bem, os suínos e as galinhas poedeiras são os mais controversos. Se você procurar na internet, os piores vídeos de ativistas – onde as pessoas estão batendo nas vacas e outras coisas – é na produção de leite. Forquilha na sala de ordenha, pessoas batendo nas vacas, só coisa ruim.

NJ: E isso pode ter alguma coisa a ver com o trabalho e as condições em que esses trabalhadores estão vivendo.

TG: Há alguns funcionários muito bons em fazendas leiteiras. Um dos problemas é que a indústria leiteira entrou em uma de criar essas vacas gigantescas que duram apenas dois anos em ordenha. Algumas fazendas leiteiras realmente progressivas estão começando a buscar vacas menores que duram três ou quatro anos em lactação, uma vaca muito menor. Eu visitei duas nessa primavera. Existem cerca de um terço de fazendas leiteiras aqui no Colorado que são realmente progressivas e realmente boas. E existe outra porcentagem que não são, que ordenharão as vacas até que estejam quase mortas e, então, as venderão. Há um certo segmento da indústria de lácteos que é simplesmente horrível. Cerca de 25% de todas as vacas leiteiras estão com claudicação e vacas claudicando estão com dor – e isso não é aceitável.

NJ: Essa é uma questão genética?

TG: Parcialmente, mas também por ficarem em pé no concreto, por doenças nos pés – existem muitas causas diferentes. Ter essas vacas gigantescas tende a tornar isso pior.

NJ: Então, existem coisas específicas que você gostaria de ver diferente? Esqueça o que os ativistas querem, esqueça sobre a opinião pública por um segundo, apenas da perspectiva do que a ciência sugere do que seria bom para os animais…

TG: As pessoas acham que “grande é ruim, pequeno é bom”. Não é assim tão simples. A questão chave é o manejo. Se você é grande ou pequeno, você tem que ter um bom manejo. Outra coisa que você não pode fazer é ter escassez de mão de obra e excesso de trabalho. Se você faz as pessoas trabalharem em excesso, elas ficarão tão cansadas e não ha como fazerem as coisas certas.

Você precisa descobrir coisas sensíveis para fazer. A coisa que me preocupa muito nessas questões é que temos mais e mais pessoas envolvidas que nunca fizeram nada prático, porque as escolas deixaram de ter culinária, marcenaria, costura e artes. E no mundo real de coisas práticas, nada pode ser perfeito. Você pode trabalhar para melhorar, mas não será perfeito.

Você precisa escolher alguma coisa específica em que trabalhar. Eu trabalhei na melhora de plantas de abate – essa é uma coisa específica. Você precisa fazer algo específico que queira para fazer mudanças construtivas, não mudanças destrutivas. Temos essa abstração, com os ativistas atacando coisas sobre as quais nem sequer sabem nada. E o setor agrícola tem respondido mal. Leis de mordaça agrícola: a coisa mais estúpida que eles poderiam ter feito. Isso apenas faz você parecer culpado. Por que eles estão aprovando leis para tornar crime filmar alguma coisa?

NJ: Isso foi realmente fascinante. Algumas últimas palavras?

TG: Temos que encontrar coisas razoáveis, práticas para fazer. Estou preocupada sobre pressionar a biologia animal demais – mesmo com genética, ou medicamentos ou o que for – e eu gosto de olhar para o bem-estar sob medidas baseadas em resultados. Primeiro de tudo, você precisa se certificar de que sua qualidade do ar é boa, de que não tenha lama, que não tenham feridas, que estejam limpos e que possam agir de acordo com suas necessidades comportamentais.

Fonte: Grist, traduzida pela Equipe BeefPoint.

3 Comments

  1. BRUNO CORREA disse:

    Sempre ouvir a Dra. Grandin e suas opiniões é algo engrandecedor.

    O que mais me agrada é o equilíbrio de suas colocações, baseadas em ciência e em uma compreensão de comportamento animal que o seu autismo lhe permite.
    Com certeza a cadeia produtiva como um todo tem bastante a caminhar em direção a melhorar as condições de manejo e criação dos animais, e como ela diz: cada vez mais temos pessoas engajadas e buscando fazer um bom trabalho. Já melhoramos bastante e podemos melhorar ainda mais!

  2. Emiliano Cassettari disse:

    A criação de animais confinados deve sempre ser debatida para que assim possam surgir alternativas ambientais aceitáveis para o bem estar animal.

  3. Lúcio Cunha disse:

    Muito interessante ver a razoabilidade utilizada por Grandin, mesmo sendo uma defensora do bem-estar animal, ela mostra equilíbrio em suas colocações, diferente de alguns ativistas. Parabéns ao BeefPoint pela matéria.

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