Transparência é fácil e está atrasada, disse Temple Grandin

A comunicação transparente com os consumidores sobre como a indústria de carnes opera não é uma tarefa difícil e, certamente, não deveria ser controversa, disse Temple Grandin durante o Fórum Internacional de Pecuária na Universidade do Estado do Colorado.

Considerando quem são os consumidores alvo, é compreensível que haja relutância. Citando fontes, Grandin disse que 33% dos chamados geração Millennial nunca colocaram um pé em uma fazenda e 21% deles obtêm todas as suas notícias através de mídias sociais.

Além disso, ela disse que cada vez menos estudantes estão fazendo aulas tradicionais, como mercearia, mecânica ou costura. A falta de habilidades em resolver problemas práticos deixa essa geração despreparada para entender as complexidades do sistema de alimentos e os desafios que enfrentam, como por exemplo, a redução de microrganismos na cadeia de fornecimento de carnes.

Porém, a indústria perde tempo argumentando sobre temas antigos que não valem mais a pena, como estábulos de porcas. Ao invés disso, os frigoríficos e processadores deveriam investir suas energias em ser transparentes ou, em alguns casos, estreitar suas operações para ter algo de que se orgulham para mostrar ao público.

“Vamos nos certificar de que estamos fazendo o básico. O manejo animal é a coisa mais fácil de resolver”. Se os animais estão mancando no frigorífico, por exemplo, a companhia e os produtores precisam avaliar suas potenciais causas. Pode ser devido a situações que acontecem com frequência, como pelo uso excessivo de hormônios de crescimento, e pelo que os consumidores na maioria das vezes culparão o processador de carne. “Uma coisa que temos que ter certeza de que não estamos fazendo é abuso”.

Ela também alertou para o uso excessivo de tecnologia. “Não estou dizendo para não usá-las. Somente, seja cuidadoso com elas”.

Fonte: MeatingPlace.com, traduzida e resumida pela Equipe BeefPoint.