A Comissão Européia (CE) propôs adicionar 971 milhões de euros (US$ 893,9 milhões) ao orçamento agrícola da União Européia (UE) este ano para ajudar a debelar a crise da doença da vaca louca, a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), que assola o mercado de carne do bloco de 15 membros, segundo reportagem publicada hoje na Gazeta Mercantil.
Os recursos virão do superávit orçamentário do bloco para 2001, disse a comissária de orçamento da UE, Michaele Schreyer. A comissão pedirá aos países-membros que desistam de restituir o excedente em favor de ampliar o gasto na agricultura, informou a Bloomberg News. A maior parte do recurso será investida na destruição de animais e de ração de origem animal.
A CE, o braço executivo da UE, declarou nesta semana que teme que os custos da crise possam explodir, se o consumo e as exportações de carne bovina caírem mais. A União proibiu o uso de farinha de carne e osso – considerada fonte da doença – e ordenou a remoção de todo o gado com idade acima de 30 meses, a menos que os testes não detectem a presença da EEB.
A UE também concordou em compensar os produtores pelos animais que forem abatidos. Os produtores de carne pagarão quase o preço de mercado pelos animais, sendo 70% financiado pelo orçamento geral da UE e 30% pelos países membros individualmente.
Michaele Schreyer afirmou que 700 milhões de euros (US$ 644,4 milhões) dos 971 milhões de euros (US$ 893,9 milhões) serão destinados ao abate de animais, enquanto 33 milhões de euros (US$ 30,4 milhões) serão utilizados no financiamento de testes adicionais da EEB. Isso implica aumento de 7,4% no orçamento, em relação ao ano passado, de acordo com a comissária.
Os fundos adicionais necessários devem vir de corte ou remanejamento de outras áreas do orçamento agrícola, afirmou Schreyer. Ela sublinhou que o bloco não lançará mão de fundos de outras áreas para compensar escassez. Uma fonte de recursos poderia ser os 600 milhões de euros (US$ 552,3 milhões) reservados no orçamento de 2001 para os subsídios às exportações de carne bovina, disse Michaele Schreyer. “As exportações fracassaram” afirmou a comissária, acrescentando que a demanda do mercado interno deverá cair muito mais do que os 10% estimados.
fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint