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UE: produtores alertam para perda de competitividade

A Federação de produtores rurais da Europa, Copa-Cogeca, alertou que as previsões de médio prazo da União Europeia (UE) mostram um forte declínio nas participações de mercado do bloco no setor de carnes, parcialmente como resultado das regulamentações caras implementadas pelo Governo. "A última previsão da Comissão para os mercados agrícolas revelam que a UE perderá participações de mercado e competitividade até 2020, devido ao fortalecimento do euro e às regulamentações custosas. As exportações de carne declinarão ainda mais, em quase 23% até 2020. Enquanto que as importações, que não precisam seguir os mesmos padrões vigentes na UE, deverão aumentar em até 14%", disse o secretário geral da Copa-Cogeca, Pekka Pesonen.

A Federação de produtores rurais da Europa, Copa-Cogeca, alertou que as previsões de médio prazo da União Europeia (UE) mostram um forte declínio nas participações de mercado do bloco no setor de carnes, parcialmente como resultado das regulamentações caras implementadas pelo Governo.

“A última previsão da Comissão para os mercados agrícolas revelam que a UE perderá participações de mercado e competitividade até 2020, devido ao fortalecimento do euro e às regulamentações custosas. As exportações de carne declinarão ainda mais, em quase 23% até 2020. Enquanto que as importações, que não precisam seguir os mesmos padrões vigentes na UE, deverão aumentar em até 14%”, disse o secretário geral da Copa-Cogeca, Pekka Pesonen.

Ele previu que as importações de carne aumentarão vindas de países da América Latina, do Mercosul, que usam hormônios promotores de crescimento que são proibidos na UE, e têm sistemas ruins de rastreabilidade animal.

“Os produtores rurais da UE continuarão sendo pressionados pelos altos custos de produção e baixos lucros. Isso é totalmente inaceitável. O setor Agrícola da UE tem um papel vital em fornecer empregos nas áreas rurais, com um número estimado de um em cada seis empregos dependentes da produção agrícola na UE. No entanto, a produção está caindo bastante em muitos setores, especialmente no setor de carnes, e os empregos declinaram em cerca de 25% entre 2000 e 2009”.

A reportagem é do MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Há muito preconceito e principalmente defesa de interesses próprios na argumentação dos produtores europeus. O uso de hormônios promotores de crescimento é proibido no Brasil e o rigor de nosso sistema de rastreabilidade é superior ao europeu. A perda de competitividade européia, apesar dos fortes subsidios governamentais, é decorrente muito mais da estrutura fundiária (pequenas propriedades) e dos preços dos fatores de produção (mão-de-obra e terra).

  2. Carlos Magno Frederico disse:

    Concordo com as palavras do Sr. José Ricardo S. Resende, pois a perda de competitividade dos europeus é sem sombra de dúvida pelos fatores expostos pelo mesmo. Somente os europeus é que não se atentaram ainda! Em 2008, quando trabalhava para um grande frigorífico brasileiro, levei executivos de uma grande cadeia de supermercados de origem francesa para visitar uma fazenda em MT com certificação EurepGAP e tudo o mais que era exigido. Os executivos na época me confidenciaram que o Brasil era modelo a ser seguido e não um país a ser atacado constantemente. Na ocasião perguntaram para o proprietário da fazenda se ele tinha subsídios do governo, pois a mesma era muito grande, com excelente plantel e manejo sustentável. Ficaram pasmos ao saber que a fazenda não contava com este recurso governamental.

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