Uruguai limita entrada de grãos e forragens paraguaios

Além de ter proibido o trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa, bem como a de produtos e subprodutos de origem animal, o Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai começou a exigir que os alimentos de origem vegetal do Paraguai com destino à alimentação de ruminantes tenham um tratamento que inative o vírus da aftosa, estejam certificados pelos serviços oficiais paraguaios e não provenham de San Pedro.

Grãos, fenos e forragens, “se autorizarem sua entrada, precisam de um tratamento que neutralize o vírus da aftosa”, disse o diretor de Serviços Pecuários do MGAP, Francisco Muzio. Ele está percorrendo as barreiras sanitárias para ver como estão funcionando as desinfecções dos veículos que entram e saem do país, no marco das medidas de prevenção adotadas pelo Uruguai para manter seu status sanitário (livre de febre aftosa com vacinação).

Muzio também disse que não há a necessidade de adiantar a vacinação de bezerros como sugeriram alguns parlamentares. “Temos uma boa imunidade comprovada através de amostras sorológicas. Não precisa adiantar”.

O Uruguai nunca chegou a importar carne bovina paraguaia, nem quando os preços internos dispararam. A única coisa que era importado eram alguns materiais de origem animal que eram analisados pela Direção do Laboratório Veterinário Miguel C. Rubino, para dar apoio técnico na medição de resíduos biológicos ao Serviço Nacional de Qualidade e Sanidade Animal (Senacsa) do Paraguai. Essa entrada foi imediatamente cortada quando foi declarado o foco de aftosa.

A reportagem é do jornal espanhol El País (digital), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.