Uruguai tem boas perspectivas para o setor de carnes

As perspectivas para a cadeia de carnes do Uruguai em 2010 são positivas e se espera uma melhor disposição da oferta, uma boa demanda interna e internacional, disse o responsável pela área de Informação Econômica do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Pablo Caputti.

Caputti informou sobre o que se pode esperar para esse ano em matéria de oferta e demanda. Por um lado, disse que não prevê que se repita uma seca da magnitude da de 2008/09, de forma que, do ponto de vista climático, não haveria ameaças.

Quanto à competição pela terra, não se espera uma expansão muito forte de reflorestamento. Considerou que alguns dos projetos que estavam em marcha não serão cumpridos, de forma que não haverá no país cinco plantas de celulose. Assim, a concentração da competição se dará com o binômio soja/trigo.

Nesse caso, as melhores terras agrícolas já estão ocupadas, disse Caputti. A seu ver, a pecuária irá reduzindo sua área nos próximos anos, mas sem violência e também se prevê uma queda do rebanho. “Esse ano, haverá 200.000 bezerros a menos que no ano anterior e, nos próximos anos, as 11,7 milhões de cabeças atuais tenderão a 11 milhões”.

Caputti disse que o mercado interno se mantém firme com um consumo de 200.000 toneladas das 600.000 produzidas pelo país, de forma que, em volume, é similar à soma das vendas à Rússia e à União Europeia (UE). “Não se trata de um mercado que sirva para se expandir, mas não é para descuidar”, disse ele, agregando que o Uruguai cresceu ligeiramente, de forma que a demanda do mercado interno será boa em 2010.

Quanto à demanda internacional, ele disse que nos países compradores, a pior crise já passou, de forma que seria de se esperar um fortalecimento dos preços. “Se fala de inflação pelo aumento dos alimentos e, para os países exportadores, é uma boa notícia”.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.