Novas estimativas sobre oferta e demanda de grãos nos Estados Unidos e no mundo divulgadas na manhã de ontem (11) pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) deram fôlego extra às cotações internacionais de commodities como milho, soja e trigo.
Novas estimativas sobre oferta e demanda de grãos nos Estados Unidos e no mundo divulgadas na manhã de ontem (11) pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) deram fôlego extra às cotações internacionais de commodities como milho, soja e trigo.
O principal impacto do levantamento foi no mercado de milho, já que os ajustes promovidos pelo USDA resultaram em uma queda de 17,9% na previsão para os estoques finais americanos nesta safra 2011/12 na comparação com a previsão de julho. Houve ganhos em outras frentes, mas a deterioração da oferta no maior país produtor do grão do mundo resultou em baixa de 1% no cálculo do USDA para os estoques finais globais na temporada, que agora deverão ficar 6,8% menores que em 2010/11.
Para analistas do Rabobank, o relatório do USDA confirmou os efeitos deletérios das adversidades climáticas em regiões produtivas americanas e abriu espaço para que novas máximas históricas de preços sejam alcançadas em Chicago – o recorde atual é de junho passado.
O USDA também promoveu correções no quadro de oferta e demanda do trigo, mas menos expressivas. De qualquer forma, o órgão baixou suas estimativas para produção e exportações dos EUA. O volume dos estoques finais mundiais em 2011/12 foi ampliado em relação à projeção de julho em 3,7%, mas na comparação com 2010/11 ainda há queda de 1,5.
No caso da soja, o USDA cortou sua previsão para a safra americana em 2011/12 em 5,2%, o que se refletiu em estimativas menores tanto para as exportações do país quanto para a produção mundial. Com isso, os estoques finais mundiais deverão ser 1,6% menores que os previstos em julho e quase 11% inferiores aos do ciclo 2011/12.
A matéria é de Fernando Lopes, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.