A Purina Mills, maior fabricante norte-americana de ração bovina, informou que uma mistura feita em sua fábrica de Gonzales, Texas, levou o governo dos EUA a exigir que o gado ficasse em quarentena como medida preventiva contra a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a doença da vaca louca, segundo reportagem publicada hoje na Gazeta Mercantil.
Segundo a Bloomberg News, o FDA, órgão que regula o conteúdo das rações bovinas, pediu a um pecuarista que isolasse 1.222 reses, possivelmente alimentadas com farelo de carne e de osso, ingredientes considerados ilegais para o gado bovino. Em 1997 a FDA proibiu o uso do farelo na ração, porque os cientistas suspeitam que dissemine a doença da vaca louca. Teme-se que um surto nos EUA possa também devastar o setor doméstico de carne bovina, que, em 1999, foi avaliado em cerca de US$ 36,5 bilhões. Nenhum caso de vaca louca foi confirmado nos Estados Unidos.
O porta-voz da Purina disse que a empresa só utiliza farinha de origem animal proveniente dos EUA, portanto, “não existe possibilidade” de contaminação pela EEB. A fábrica utilizou farinha de carne e osso como fonte protéica para ração bovina, suína e de aves. Seu emprego é permitido para porcos e aves, mas proibido para ruminantes. As trocas constantes de ingredientes nas rações possibilitaram a ocorrência.
Como isso, a Purina disse que não permitirá o uso farinha de origem animal em quaisquer de seus produtos. Também disse ser “possível” reembolsar o pecuarista afetado, caso ele não consiga vender seu gado.
fonte: Gazeta Mercantil