O medo está crescendo entre produtores e varejistas de que a regulamentações referentes à rotulagem da carne bovina da União Européia (UE) possa ser bastante enrijecida.
Atualmente, os produtos de carne bovina, tanto congelados como resfriados, precisam ser rotulados de forma que mostrem sua origem – incluindo o país de nascimento e criação do animal, o país onde ele foi abatido e o número de licença do abatedouro.
No entanto, estas regras estão sendo revistas em Bruxelas e poderão ser estendidas de forma que mais informações precisem ser incluídas. Muitos ministros da UE acreditam que um sistema mais rígido de rotulagem dá mais tranqüilidade aos consumidores. No entanto, o Consórcio de Varejistas Britânicos (British Retail Consortium – BRC) disse que isto causaria mais trabalho com burocracia para os produtores, abatedores e varejistas, sem melhorar a segurança para os consumidores.
A entidade argumenta que uma rotulagem extra poderia aumentar os custos dos negócios, que seriam transferidos aos compradores. O MRC citou o exemplo dos EUA, onde a demanda por carne suína caiu 7% porque os consumidores se recusaram a pagar os custos extras da rotulagem.
“Nós estamos profundamente preocupados com o fato de que qualquer extensão nos requerimentos obrigatórios de rotulagem já existentes irá simplesmente adicionar custos para a indústria de carne bovina britânica”, disse o diretor de política de alimentos do BRC, Richard Ali.
“Os varejistas estão comprometidos em suprir as necessidades dos consumidores fornecendo informações – freqüentemente indo além dos requerimentos legais. Entretanto, onde existe pequena demanda dos consumidores por informações, a rotulagem obrigatória significa agregar custos, e não agregar valor”.
O BRC está pedindo ao governo do Reino Unido que investigue se os consumidores realmente querem esta mudança na legislação, e que conduza uma avaliação do impacto da regulamentação para ver como isso afetaria os negócios. “Seria ruim se a posição do governo nas negociações em Bruxelas fosse baseada em informações incompletas ou imprecisas”.
Fonte: BusinessEurope.com, adaptado por Equipe BeefPoint