A coisa errada a se tirar do exercício estoico de Memento Mori é que você deve viver hoje como se fosse seu último dia na Terra. O problema com essa abordagem é que ela desculpa muito comportamento imprudente. Você viu os filmes – um asteroide está chegando e todos se assustam e agem como um lunático ou um libertino.
O ponto, diz Seneca, é viver cada dia como se fosse toda a sua vida. Sua linha era que ele “equilibrava os livros da vida a cada dia”. Significando que ele vivia plenamente a cada 24 horas, nem apressado nem indolente, não adiando nada e não fazendo nada supérfluo ou desnecessário. Em termos modernos, ele estava vivendo dia a dia.
Muitas pessoas perdem seu tempo pensando no futuro ou tentando manter o passado. Isso não foi Seneca. “Eu não, por Hércules, agarro [o dia] como se fosse o meu último”, ele diz, “mas eu vejo como se pudesse ser o último”. Qual é a diferença? Trata-se de estar totalmente presente no momento, indiferente a saber se haverá mais ou menos amanhã porque, como sabemos, o amanhã nunca é garantido. “Eu gosto da minha vida até agora”, disse ele, “porque eu não gasto muito tempo medindo quanto tempo isso vai continuar.”
E então devemos fazer o mesmo. Este poderia ser o último e-mail que lemos. O último almoço que comemos. A última tarde tranquila com um amigo. Aproveite. Tudo isso. Completamente. Viva uma vida plena hoje e, se tiver sorte o bastante para chegar até amanhã, faça a mesma coisa novamente.
Fonte: Daily Stoic, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.