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Aftosa e vaca louca confundem consumidores dos Estados Unidos

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que a confusão que as pessoas estão fazendo com relação à doença da vaca louca e à febre aftosa está interferindo no consumo de carne bovina e de outros produtos de origem animal. A pesquisa foi conduzida pela firma de Relações Públicas Porter Novelli, nos dias 6 a 9 de abril, por telefone, aleatoriamente. Foram entrevistadas 815 pessoas, sendo 451 mulheres e 364 homens. A margem de erro é de cerca de 3%.

De acordo com a pesquisa, 14% das pessoas entrevistadas já tinham alterado seus hábitos de compra de alimentos e de consumo, baseado em fatos que tinham lido ou ouvido falar à respeito das duas enfermidades.

Sobre os equívocos mais comuns, a pesquisa mostrou que para 19% dos entrevistados a doença da vaca louca e a febre aftosa eram a mesma coisa; 27% dos entrevistados acreditavam existir uma ligação direta entre as duas doenças; e 46% dos entrevistados achavam que o consumo de carne de animais com febre aftosa poderia acarretar a transmissão da doença a seres humanos.

“Os consumidores norte-americanos estão muito confusos, o que é compreensível”, disse Dan Snyder, diretor do Porter Novelli Food, Beverage and Nutrition Practice, de Washington. “Nossa pesquisa mostrou que há a necessidade de uma campanha educacional entre os consumidores para ajudar no esclarecimento dessa confusão”.

Medo versus fatos

Quando os consumidores foram questionados sobre o que fariam, caso fossem detectados casos de febre aftosa ou da vaca louca nos EUA, as respostas foram semelhantes em ambos os casos, embora a febre aftosa não infecte humanos. Dos entrevistados, 71% disseram que reduziriam ou eliminariam a carne bovina de suas dietas, caso aparecessem focos de aftosa nos EUA, e 80% deles disseram o mesmo com relação à doença da vaca louca.

Aproximadamente metade dos entrevistados disse ainda que eliminaria ou reduziria a presença de outros produtos de origem animal da dieta, como outras carnes, leite e queijos, caso aparecessem ambas as doenças nos EUA.

Em quem os consumidores confiam?

Quando questionados sobre em quem eles confiariam para que lhes fosse assegurado que a febre aftosa não é uma doença capaz de ser transmitida a seres humanos, os entrevistados disseram que, em primeiro lugar, confiariam nas agências do governo dos EUA. Sendo assim, a lista ficou com o USDA em primeiro lugar, depois o FDA (Food and Drug Administration), e em terceiro, o Centers for Disease Control and Prevention, seguidos por médicos e cientistas independentes.

(Por Darcy Maulsby, para AgWeb)

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