Começou ontem, no Estado de Alagoas, a primeira etapa da campanha de combate à febre aftosa em 2001. O objetivo é tirar o Estado da condição de risco desconhecido, no Ministério da Agricultura, e abrir a possibilidade de exportação do gado alagoano para outros estados. A campanha se inicia pela Central de Inseminação Artificial, no município de Batalha, a 186 quilômetros de Maceió. A segunda etapa está programada para o mês de outubro.
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Pesca de Alagoas (Seap) pretende imunizar este ano 800 mil cabeças de gado. Para atingir os 100% de cobertura, a secretaria está fazendo uma ampla campanha de divulgação em todos os municípios alagoanos, aumentou para 47 o número de lojas credenciadas para a venda das doses da vacina e criou um “tira-dúvidas”, o Disque-Agricultura – 0800 82004.
Desde outubro do ano passado, a Secretaria de Agricultura está realizando um cadastro agropecuário no Estado. A coleta de dados está sendo feita por uma equipe da Seap nas 120 mil propriedades rurais, e será divulgada no final deste mês. Por não dispor de um mapeamento oficial de seu rebanho, Alagoas ainda se encontra classificada como zona de risco desconhecido. “Assim que tivermos controle da quantidade de cabeças existentes no Estado, vamos pedir ao Ministério da Agricultura o certificado de zona livre da aftosa”, diz o secretário, Petrúcio Bandeira.
De acordo com Bandeira, além da conclusão do cadastro agropecuário, a secretaria terá que instalar barreiras, para impedir a entrada de gado contaminado no Estado. Também será mantida uma barreira móvel para permitir que só entrem no Estado animais que possuam a guia de trânsito – documento que informa a origem e o destino do gado, além da idade e a relação de vacinas obrigatórias, o que permite a comercialização de carne, leite e seus derivados.
(Por Cristina Limeira, para Gazeta Mercantil, 03/04/01)