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Atraso em repasse de verbas prejudica programa de rastreamento

O atraso na liberação de verbas federais está prejudicando a execução da primeira etapa do programa de rastreabilidade do rebanho bovino de Minas Gerais – pertencente ao Programa Mineiro de incentivo à Certificação de Origem e Qualidade dos Produtos da Bovinocultura (Certibov). Neste mês, deveria ser feita a brincagem de 18 mil animais. Sem a liberação das verbas (cerca de R$ 1 milhão), os custos estão sendo pagos pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), no valor aproximado de R$ 7 mil, relativo à identificação de apenas 5,6 mil animais.

Os coordenadores do programa esperam que o ministro da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, faça algum pronunciamento quanto ao repasse de verbas durante sua segunda visita, marcada para este sábado, à Exposição Internacional de Gado Zebu (Expozebu), em Uberaba (MG).

Sobre o Certibov

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O Certibov foi criado no meio do ano passado e conta com quatro câmaras de trabalho: da Carne Bovina; do Leite e Laticínios; do Couro, Calçados e Artefatos; e de Marketing (Mercado e Propaganda). De acordo com o representante da ABCZ junto ao Certibov e coordenador da Câmara de Carne Bovina, João Machado Prata Júnior, o selo será uma garantia de qualidade dos produtos de origem bovina de Minas Gerais.

A previsão é de que o programa seja executado em dez anos. No sistema tradicional de identificação dos animais, o registro é feito através da marcação nos animais. A nova proposta é a utilização de brincagem composta por 14 dígitos. Criadores, os técnicos e os consumidores em geral poderão obter todas as informações sobre o produto que estão comprando: origem do animal, data de nascimento, época do desmame, peso, tecnologia utilizada no seu manejo, tipo e qualidade da musculatura e carcaça.

A intenção do Certibov é ampliar as perspectivas de investimentos, seja do empresariado local quanto de outros estados e de outros países. Ele poderá dobrar o rebanho e o índice de abate em Minas, hoje de aproximadamente 21 milhões de cabeças.

O Triângulo Mineiro produz 882 mil toneladas de carne por ano e seu consumo interno gira em torno de 730 mil toneladas. A pretensão é entre cinco e dez anos, o estado atinja uma índice de produção de 3,5 milhões de toneladas de carne por ano para consumo (1 milhão de toneladas) e exportação (2,5 milhões).

fonte: ABCZnet e Gazeta Mercantil (por Virna Campos), adaptado por Equipe MilkPoint

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