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Brasil retoma exportações aos EUA

Com o fim do embargo à carne brasileira por parte dos países integrantes do Nafta, os exportadores de carne bovina do País retomaram as exportações para os EUA.

Marco Bicchieri, gerente de exportações do Frigorífico Bertin – maior exportador de carne bovina do País – afirmou que em “nenhum momento, durante o embargo, nossos clientes norte-americanos e canadenses demonstraram interesse em desfazer os contratos de importação”. Mesmo com toda polêmica envolvendo a carne nacional, o frigorífico exportou em janeiro último um volume 30% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. “Países como Irã, Líbia, Marrocos e alguns do leste europeu, antes importadores da carne bovina da União Européia, passaram a comprar do Brasil”, afirma Bicchieri. As receitas com exportações da Bertin somaram US$ 190 milhões em 2000, quase 25% do valor total do setor, US$ 779 milhões. No ano passado, os Estados Unidos responderam por US$ 20 milhões dos embarques do Bertin e, o Canadá, US$ 4 milhões. “Pretendemos aumentar nosso faturamento este ano em pelo menos 10%”, diz.

O fim da polêmica canadense não refletiu nos preços do boi gordo mercado interno, cotado ontem a R$ 41 a arroba no Noroeste de São Paulo – estável desde o início da semana passada. No entanto, a arroba do boi oscilou em fevereiro de R$ 39 a R$ 41. Em relação ao mesmo período do ano passado, a arroba está 4% mais valorizada. Na comparação com a média de preço de janeiro passado, a atual cotação está com um ligeiro aumento de 0,5%, de acordo com a FNP Consultoria.

José Vicente Ferraz, diretor da FNP, diz que os preços do boi gordo devem se manter firmes podendo chegar a R$ 42 a arroba, com a maior demanda pela carne bovina.

Ênio Marques, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas (Abiec), afirmou que com o veto dos países do Nafta, entre 1,5 mil e 2 mil toneladas de carne nacional ficaram retidos no Porto de Santos (SP), representando um prejuízo ao setor de US$ 3 milhões a US$ 4 milhões ao setor.

(Por Mônica Scaramuzzo, para Gazeta Mercantil, 01/03/01)

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