Os criadores de búfalo do Médio Amazonas querem melhorar os preços da carne e do leite de búfalo no Estado, que estariam hoje 30% abaixo do que vale no mercado em outros estados. A carne de búfalo é vendida nas cidades do Amazonas como se fosse carne de gado bovino. Recentemente criada, a Associação Bubalinocultores de Parintins pretende reorganizar o setor e estimular a produção.
O vice-presidente da Associação dos Bubalinocultores de Parintins, Hermes Rômulo Pessoa, afirma que há falta de organização dos criadores e de uma política para o setor pecuário do Amazonas, que atende a apenas 20% da demanda da carne consumida no Estado. Segundo o pecuarista, seria necessário que o rebanho de gado saltasse de 1,1 milhão para 4 milhões de cabeças para atender todo o consumo de carne do Estado.
O município de Parintins (a 325 quilômetros de Manaus em linha reta) possui hoje o terceiro maior rebanho do País, com 70 mil cabeças de búfalos. A produção diária é 1,4 mil quilos de carne, destinada para os mercados de Manaus, Tabatinga e Tefé. “Estamos perdendo dinheiro pela falta de organização da classe”, disse Pessoa.
Segundo Pessoa, o Amazonas, principalmente a região do Médio Amazonas, tem grande potencial para a criação de búfalos na área de várzea, onde o búfalo chega ganhar até 1,2 quilo por dia se alimentando apenas das gramíneas nativas das bacias de lagos e restingas. Os bovinos só irão conseguir este mesmo aproveitamento em confinamento e sendo tratado com ração.
fonte: Gazeta Mercantil (por Márcia Valéria), adaptado por Equipe BeefPoint