Mesmo com a crise sanitária instalada com o surgimento de focos de febre aftosa no Rio Grande do Sul, a Canadian Food Inspection Agency, do Canadá, informou que continuará a importar produtos derivados de carne bovina em conserva do Brasil, mas que cessará as importações de carne bovina fresca.
“Nós nunca reconhecemos o Brasil como livre de febre aftosa”, disse Claude Lavigne, vice-diretor executivo do departamento de produtos de origem animal da Agência canadense. “Nossa política é não importar nada de um país que possa transmitir o vírus”, disse ele.
Lavigne disse que alguns produtos derivados de carne bovina poderão ser importados do Brasil porque passam por um processamento que destrói o vírus, não sendo portanto uma ameaça ao rebanho bovino canadense. “Isso não muda nossa situação. Nós continuaremos a importar alimentos seguros daquele país”, disse ele.
O Canadá sempre se protegeu contra a enfermidade, que recentemente causou grandes estragos nos rebanhos ingleses. A agência canadense anunciou publicamente nessa semana que protegerá firmemente o país contra a entrada da febre aftosa.
No início do ano, o Canadá proibiu as importações de produtos derivados de carne bovina do Brasil, inclusive os alimentos em conserva e aqueles usados como condimentos, alegando que havia perigo de contaminação pela doença da vaca louca. Essa proibição foi retirada semanas depois, quando os inspetores canadenses convenceram-se de que a carne brasileira era segura com relação a essa enfermidade. Nessa ocasião, o Brasil acusou o Canadá de estar tomando uma medida de retaliação, devido à disputa dos dois países no setor de aviação.
fonte: Agriclick, adaptado por Equipe BeefPoint