O Comitê Científico da União Européia deve realizar, até amanhã, a classificação da carne brasileira para determinar qual é o risco do produto em relação à doença da vaca louca. A classificação funciona como uma espécie de aval para que a carne possa ser importada pelos países europeus. Além do Brasil, outros 24 países devem ser avaliados até amanhã.
A Argentina, um dos 15 países que já passaram pela avaliação de risco, recebeu classificação 1 – que significa que praticamente não existem motivos para que a carne não entre no mercado europeu. Mas o Comitê não descarta a hipótese de realizar novas avaliações com o país. A pior classificação que um país pode ter é de nível 4, que indica que existe uma alta possibilidade de que a carne da região esteja contaminada ou em contato com a doença.
Com o embargo de várias nações para a carne dos países da UE, por causa do mal da vaca louca e da aftosa, as exportações bovinas da região caíram 94%. A União Européia relacionou 36 países que vetaram a carne européia, entre eles os Estados Unidos, Bósnia, Suíça, Brasil, Nigéria e Coréia do Sul.
(Por Jamil Chade, para O Estado de São Paulo, 29/03/01)