Inventário de gado de corte dos EUA cai para o nível mais baixo em 64 anos
5 de fevereiro de 2025
Erros (dos filhos) na sucessão: quais você já cometeu?
5 de fevereiro de 2025

Confinar não é apenas mudar o pasto pelo cocho. Veja como os americanos fazem disso uma ciência

Confinar não é apenas mudar o pasto pelo cocho. Esse processo envolve uma série de práticas que vão muito além de simplesmente transferir os animais de um ambiente para outro. Nos Estados Unidos, o manejo no confinamento é tratado como uma ciência, com foco em cada detalhe que possa influenciar o bem-estar, o desempenho e a saúde dos bovinos.

Desde o momento em que os animais deixam o pasto até sua adaptação ao confinamento, há uma preocupação constante em reduzir o estresse, promover um bom início de dieta e assegurar que o sistema seja eficiente e economicamente viável. Cada passo é cuidadosamente planejado, refletindo anos de pesquisa e experiência prática em sistemas de alta performance.

Como é feito nos EUA?

  1. Planejamento Detalhado da Transição do Pasto ao Confinamento:
    • A chegada dos animais ao confinamento é estratégica. Durante os primeiros dias, o foco é minimizar o estresse. Eles são mantidos longe das áreas de maior movimento de máquinas e recebem tempo para aclimatação antes de qualquer intervenção, como vacinação ou separação por lotes.
  2. Dieta Inicial Ajustada com Precisão:
    • A dieta de entrada é formulada para maximizar o consumo desde o início, priorizando alimentos familiares ao animal, como feno ou forragem. Os ajustes são feitos gradualmente, em ciclos de até 21 dias, até atingir uma dieta final rica em energia.
    • Além disso, há um cuidado em equilibrar custo e eficiência. Subprodutos locais, como grãos de destilaria, são amplamente utilizados, reduzindo custos sem comprometer a qualidade nutricional.
  3. Foco no Controle de Estresse:
    • O manejo no confinamento é pensado para reduzir eventos estressantes, como mistura de lotes desconhecidos ou mudanças bruscas na dieta. Estratégias como monitoramento diário, manejo gentil e até a localização estratégica das baias ajudam os animais a se adaptarem mais rapidamente.
  4. Monitoramento Constante e Adaptação:
    • Cada decisão é tomada com base em dados e observação. Pesquisadores e consultores frequentemente realizam auditorias no processo, garantindo que cada confinamento atenda às melhores práticas.

Impactos no Desempenho

  • Saúde Animal: A transição planejada reduz morbidade (número de animais doentes) e mortalidade, garantindo que mais animais atinjam seu potencial máximo de peso.
  • Qualidade da Carne: O manejo cuidadoso melhora a uniformidade dos lotes, reduz perdas metabólicas e contribui para carcaças de maior qualidade.
  • Custo-Benefício: Dietas ajustadas e processos bem controlados evitam desperdícios e aumentam a lucratividade.

E no Brasil?

No Brasil, a transição para o confinamento varia amplamente. Embora algumas fazendas mais tecnificadas já adotem práticas semelhantes, em muitas regiões o manejo ainda enfrenta desafios, como falta de infraestrutura ou acesso limitado a subprodutos.

A implementação de estratégias como dietas planejadas, manejo cuidadoso e planejamento da transição pode trazer enormes ganhos, tanto no bem-estar animal quanto na lucratividade.

Se você quer viver de perto essa realidade e aprender diretamente com os melhores, participe da Viagem Técnica ao Texas com o BeefPoint, de 26 de abril a 4 de maio de 2025. Será sua chance de conhecer operações de ponta, entender o mercado americano e transformar a gestão da sua fazenda.

CLIQUE AQUI PARA SABER COMO PARTICIPAR!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *