Grã-Bretanha descarta o uso de napalm para eliminar gado
25 de abril de 2001
Governo do RS e Ministério da Agricultura mantêm desentendimento
27 de abril de 2001

Confirmado foco de aftosa no Uruguai

O Uruguai confirmou ontem ao Ministério da Agricultura a existência de um foco de febre aftosa no Departamento de Soriano. A doença foi identificada a 30 quilômetros da fronteira com a província argentina de Entre Rios e a cerca de 200 quilômetros de Barra do Quaraí, município gaúcho que faz fronteira com a cidade uruguaia de Artigas.

O surgimento do foco reforça a tese do governo gaúcho de que os rebanhos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina devem ser vacinados preventivamente. O secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann, disse que não é mais possível adiar o início da vacinação do rebanho contra a enfermidade.

A ocorrência foi confirmada em 40 bovinos de leite, em um total de 450 animais submetidos a exames. A propriedade uruguaia já está interditada. Os animais contaminados serão sacrificados, e o trânsito de animais e a realização de feiras e exposições agropecuárias estão suspensas em todo o país. O virus é do tipo A, o mesmo que atacou 50 milhões de cabeças de gado da Argentina, segundo indicam testes preliminares realizados pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa no Rio de Janeiro.

Em outubro do ano passado, um foco foi detectado na cidade de Artigas. As medidas sanitárias foram tomadas imediatamente, e o país conseguiu manter o status de livre de aftosa sem vacinação, concedido pela OIE há sete anos.

O secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luiz Carlos de Oliveira, afirmou que o Brasil não pretende adotar restrições mais amplas a produtos uruguaios (como ocorreu em relação à Argentina, com o bloqueio nas importações de grãos ‘in natura’) porque as medidas de emergência tomadas pelas autoridades sanitárias uruguaias foram consideradas eficientes. O secretário alertou que, caso produtores gaúchos ou catarinenses vacinarem seus rebanhos por decisão própria, o governo terá de sacrificar os animais, pois a região é considerada livre de febre aftosa e não será aceito qualquer indício de presença do vírus.

fonte: Gazeta Mercantil (por Luiz Guimarães e Ayr Aliski) e O Estado de São Paulo, adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress