O texto a seguir é baseado no documento do Rabobank, intitulado “Copom mais hawkish que o esperado“. Ele apresenta uma análise detalhada sobre a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil.
O Copom decidiu, por unanimidade, aumentar a taxa Selic em 100 pontos-base (p.b.), atingindo 12,25%. Este aumento foi maior do que o esperado pelo mercado, que projetava 75 p.b. A decisão reflete a deterioração das expectativas de inflação para os próximos anos, com projeções subindo tanto no horizonte relevante (2026) quanto além dele.
O Copom antecipou mais dois aumentos de 100 p.b. cada em 2025, podendo elevar a Selic para 15,00% no mesmo ano. Os cortes na taxa de juros estão projetados para 2026, condicionados à convergência das expectativas de inflação para a meta.
A postura mais hawkish deve afetar as expectativas de mercado, especialmente em relação à inflação e à taxa de câmbio. Os ajustes de política monetária visam evitar a consolidação de pressões inflacionárias, mesmo que isso implique taxas de juros reais elevadas.
O Banco Central divulgará mais detalhes na ata da reunião e no Relatório de Inflação do 4º trimestre de 2024. Esses documentos devem esclarecer a função de reação do BC e suas perspectivas econômicas.
A decisão do Copom reflete um esforço para lidar com a inflação persistente, mesmo à custa de um aperto monetário mais agressivo. A projeção do Rabobank sugere um cenário de Selic elevada até 2025, com alívio apenas em 2026, se as condições econômicas permitirem.
Fonte: Rabobank.