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Definidos parâmetros para abate comercial acompanhado no Rio Grande do Sul

O Conselho Operacional do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa) estipulou, em reunião ocorrida ontem na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul, os parâmetros para definir o processo de abate comercial acompanhado dos animais que estiveram em contato com os focos de febre aftosa. O encontro contou com a participação do Governo do Estado, do Ministério da Agricultura, do Sindicato das Indústrias de Carne do Rio Grande do Sul (Sicadergs), da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag).

Todos os animais das propriedades infectadas vão para o abate comercial. A saída dos animais em um raio de 3 quilômetros dessas propriedades permanece proibida, sendo que todos os animais sorologicamente positivos serão abatidos. Num raio de 25 quilômetros, será permitida apenas a saída de animais para abate convencional em frigoríficos, desde que ocorra antes uma análise veterinária da propriedade, atestando que não há problemas sanitários no local.

Além disso, a reunião determinou a constituição de uma Comissão de Avaliação – integrada pela Secretaria da Agricultura, pelo Ministério da Agricultura, pelo Sicadergs, pela Fetag e pela Farsul – que determinará os critérios para apontar os valores que serão pagos por animal abatido e para indenização da parte descartada pela indústria.

O número de animais-contato que serão abatidos comercialmente em frigoríficos deve ser em torno de 11.500, entre bovinos, suínos e ovinos. A previsão é de abate comercial de todos os animais das 30 propriedades onde houve ocorrência de foco. O número é muito superior ao apresentado ao Ministério pelo governo estadual na semana passada, quando a idéia era que fossem abatidos 2.251 animais. A proposta da Secretaria previa o abate somente de animais de invernadas que estiveram em contato com os exemplares sacrificados, levando em conta as barreiras naturais.

Na próxima quinta-feira será realizada uma reunião com representantes de frigoríficos interessados em realizar o abate. Na sexta-feira, será realizado um encontro para apresentar a proposta aos produtores.

O prazo definido para a conclusão do abate foi de 3 meses. Porém, segundo Celso dos Anjos, diretor do Departamento de Produção Animal (DPA) da Secretaria da Agricultura, o governo quer resolver o problema antes desse prazo. “Queremos o máximo de agilidade para terminar os trabalhos”, afirmou ele.

Outras medidas

A reunião de ontem determinou também a necessidade de permanência das Forças Armadas na fronteira com a Argentina e o Uruguai, além da realização de um trabalho conjunto com a equipe do Programa Bacia do Prata, no sentido de integrar esforços em defesa sanitária no Cone Sul.

Foi determinado também a elaboração da sorologia por amostragem no Rio Grande do Sul, levando em conta o fluxo de movimentação de animais, zonas de risco e outros nichos específicos. Além disso, foi apresentada a proposta de criação de uma comissão de análise de risco para o Circuito Pecuário Sul, formada por um grupo multi-institucional, com o objetivo de fazer um levantamento da situação de risco sanitário nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O diretor do DPA relatou, ainda, as ações do governo na reestruturação do serviço de defesa sanitária estadual. “Estamos implementando um programa de capacitação em vigilância sanitária para os técnicos da Secretaria e o Programa RS Rural Sanidade, para auxiliar os agricultores familiares no combate a doenças como a brucelose e a tuberculose, entre outras, que será lançado na Expointer 2001”, afirmou ele.

fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Gazeta Mercantil do Rio Grande do Sul, adaptado por Equipe BeefPoint

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