As exportações de carne bovina este ano deverão ser 28% superiores às exportações feitas em 2000, atingindo o valor de US$ 1 bilhão – abaixo das estimativas iniciais de US$ 1,5 bilhão – , contra US$ 779 milhões no ano passado. Essas informações foram passadas por Ênio Marques Pereira, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes e Industrializados (Abiec), no seminário “Carne gaúcha, saída para a crise”, ocorrido em Porto Alegre (RS).
Pereira acredita ainda em uma apropriação dos volumes da cota Hilton argentina, para melhorar a posição brasileira. Devido aos problemas sanitários atuais, a Argentina está impossibilitada de exercer sua cota de 28 mil toneladas. Isso poderá beneficiar o Brasil, que detém somente 5 mil toneladas da cota Hilton do Mercosul.
As exportações consolidadas, no entanto, devem fechar em US$ 2,8 bilhões, graças ao desempenho favorável dos setores de aves e suínos, que até a metade do ano, faturaram US$ 644 milhões e US$ 160 milhões, respectivamente. Para 2002 as expectativas são mais otimistas, de US$ 3,6 bilhões.
O bom resultado deve-se a conquistas de mercados como Rússia e África do Sul, para suínos, e Alemanha, Holanda e Rússia, para frangos. Segundo Márcio Fortes, ministro substituto do Ministério da Agricultura, “a carne bovina também ganhou mercados ou ampliou fatias no Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes e França, mas os preços não acompanham o crescimento do volume.”
As exportações gaúchas de carne bovina, que cresceram de 19,6 mil toneladas em 1998 para 56,2 mil toneladas em 2000, deverão, este ano, diminuir para 40 mil toneladas, devido à crise da aftosa que se instalou no Estado.
fonte: Gazeta Mercantil (por Luiz Guimarães), adaptado por Equipe BeefPoint