Um novo relatório divulgado pela Cambridge University, na Inglaterra, informou que casos de ‘scrapie’ em ovelhas podem ter sido a causa do surgimento da encefalopatia espongiforme bovina (EEB) ou doença da ‘vaca louca’ no país.
Segundo o relatório, o fornecimento de carne e farinha de ossos aos bovinos jovens do Reino Unido entre as décadas de 1970 e 1980, aumenta a possibilidade de o ‘scrapie’ ter sido o agente que introduziu a doença no rebanho bovino inglês.
O governo inglês solicitou que essa revisão fosse feita, a fim de tentar indentificar a verdadeira causa da ocorrência da doença da ‘vaca louca’ no país, após o relatório divulgado no ano passado ter falhado em sua missão de detectar a origem da EEB, tendo inclusive, descartado a possibilidade de o ‘scrapie’ ter sido a causa. “Levando-se em consideração as estimativas recentes sobre a incidência do ‘scrapie’ nos rebanhos ovinos no Reino Unido, não devemos excluir a possibilidade de um agente do ‘scrapie’ ter sido responsável pelo aparecimento da EEB”, informaram os pesquisadores da Cambridge University, liderados pelo professor Gabriel Horn.
O estudo feito em Cambridge questionou porque a EEB começou na Inglaterra na década de 1970 e 1980, quando os rebanhos ovinos estavam presentes em todo o mundo. Além disso, os pesquisadores perceberam que a carne e a farinha de ossos eram usadas mundialmente nessa época.
Segundo a revisão, havia uma grande população de ovinos na União Européia (UE) entre 1970 e 1985. A cada ano, havia cerca de 5 a 10 mil casos de ‘scrapie’ no Reino Unido, e a matéria-prima derivada de ovinos, utilizada nas rações animais, poderiam estar contaminadas com o agente causador da EEB.
As chances de infecção pela doença aumentaram mais em 1970, quando a farinha de ossos passou a ser introduzida na ração de bezerros, em suas primeiras semanas de vida, prática mais prevalente na Inglaterra do que em outros países da Europa e nos EUA.
fonte: AgWeb (por Darcy Maulsby), adaptado por Equipe BeefPoint