Tropas das Forças Armadas se deslocaram, ontem, de São Miguel do Oeste para localidades estratégicas, próximas à fronteira com a Argentina. Cerca de 100 militares vigiarão um trecho de 80 quilômetros ao Sul da comunidade de Padre Reus até Paraíso, e de Paraíso até Itapiranga.
Segundo o comandante do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizada (RCMec) de São Miguel do Oeste, coronel Luiz Felipe Kramer Carbonell, o Exército ficará responsável pelas áreas mais acidentadas e de vigilância mais difícil, onde há maior probabilidade de passagem de animais clandestinos. Além das viaturas nas estradas, equipes farão patrulhamento a pé nas margens do rio Peperi-Guaçu, divisa natural do Estado com a Argentina. Uma segunda linha de barreiras será montada em estradas do interior, numa faixa que vai até 30 quilômetros da fronteira. O comandante informou que a passagem de pessoas na fronteira em princípio também será impedida, já que o local de passagem oficial é a aduana de Dionísio Cerqueira.
O número de militares na região deve variar entre 100 e 120 pessoas. Se houver necessidade, o efetivo pode chegar até a 600 homens. O número de viaturas provavelmente será ampliado. No total o 14º RCMec, que é vinculado à 15 Brigada de Cascavel, tem 120 viaturas. A operação deve se prolongar enquanto o governo do Estado considerar necessário.
(Por Darci Debona e Dionísio Cerqueira, para Diário Catarinense/SC, 19/04/01)