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Segundo reportagem de Jarbas Rodrigues Jr., publicada hoje no O Popular, os pecuaristas em Goiás estão otimistas e prevêem forte recuperação do mercado de carnes este ano. As projeções são de que a arroba do boi gordo alcance a cotação de R$ 42,00 a partir de junho próximo, por duas razões: aumento do consumo no mercado interno e das exportações, elevando a demanda pela carne bovina. O presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Maurício Faria, frisa que esse ano “será muito positivo para toda a cadeia pecuária do Estado e do País.”

O fato é que o mercado da carne bovina já está em recuperação desde o ano passado. De acordo com a Bolsa de Mercadorias de Goiás (BMG), a arroba do boi gordo iniciou 2000 cotada na média de R$ 36,33 e fechou em R$ 37,70. Na entressafra (período da seca), chegou a média de R$ 39,32 em outubro. Em algumas regiões do Estado, essa cotação passou dos R$ 42,00. Com a desvalorização do dólar no ano, o valor da arroba pela moeda norte-americana ficou estável, na casa dos US$ 19,50.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria Frigorífica de Goiás (Sindicarne), José Magno Pato, a recuperação da arroba em 2000 foi positiva para a pecuária. “Sem dúvida, 2001 será muito positivo para o setor”, acredita. Segundo ele, a média histórica da arroba do boi gordo na década de 90 é de US$ 15,00 a US$ 17,00 – preço pago ao pecuarista pelo frigorífico. Em 2000, chegou próximo dos US$ 20,00. Para este ano, com aumento previsto para as exportações e os problemas da Europa com a doença da vaca louca, as perspectivas são de valorização. “A cotação média em Goiás deverá ficar entre R$ 39,00 e R$ 42,00”, arrisca.

Maurício Faria também prevê arroba de até R$ 42,00 para o boi gordo em Goiás, a partir de junho próximo. Ele acredita que os períodos de bruscas oscilações nos preços, principalmente na entressafra, acabaram. “Os avanços genéticos e de produtividade estão garantindo uma oferta equilibrada durante todo o ano. O que deve recuperar o valor da arroba bovina é aumento do consumo no mercado interno, com a crescimento da economia e do poder aquisitivo do consumidor, e o incremento das exportações de carnes”.

Por Jarbas Rodrigues Jr., para O Popular/GO, 18/01/01

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