No último dia 12, foi liberado o trânsito de bovinos da chamada zona tampão de aftosa, que compreende o circuito pecuário Centro-Oeste (seis municípios do Vale do Paraíba na divisa com o Rio de Janeiro, o Estado do Mato Grosso do Sul, norte do Mato Grosso com o Pará, norte de Goiás na fronteira com Tocantins e o leste de Minas Gerais). Com a abertura da barreira, hoje, mais da metade dos bois abatidos em frigoríficos paulistas é proveniente do Mato Grosso do Sul, dono do maior rebanho do país.
O gerente geral de compra de bovinos do Frigorífico Tatuibi, de Santa Fé do Sul, Claudevir Coelho de Araújo, afirma que, desde a liberação, não compra mais carne no Estado de São Paulo. “Vamos buscar os animais no Mato Grosso do Sul, principalmente em Paranaíba, Aparecida do Taboado, Inocência e Três Lagoas”. Ele diz que 70%da carne abatida no frigorífico é sul-mato-grossense, o restante do rebanho comprado pelo Tatuibi vem de Goiás e Minas Gerais.
Aguinaldo Gottardi, comprador de bovinos para oito frigoríficos da região, salienta que até semana passada a compra de animais estava praticamente parada. Ele afirma que entre 60% e 70% do lote de 3,5 mil bois adquiridos na semana é originário do Mato Grosso do Sul. “Em São Paulo, pago R$ 40 a arroba, a prazo, e R$ 39 à vista. Na praça sul-mato-grossense a média de preço é de R$ 37 com 30 dias”.
(Por Daniele Gonçalves, para Gazeta Mercantil, 23/02/01)