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Fundepec monitora e certifica qualidade da carne

O Fundo de Desenvolvimento da Pecuária (Fundepec), empresa pioneira na certificação de carne bovina no Brasil, vem crescendo e se especializando no monitoramento e fiscalização da carne em cada uma das suas etapas de produção. Em dezembro do ano passado, o fundo recebeu a certificação ISO 9002 do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), pelo trabalho realizado.

Há um ano o Fundepec presta seus serviços à rede de supermercados Pão de Açúcar. A carne é fiscalizada desde o frigorífico, onde são avaliadas as condições sanitárias e o resfriamento da produto, até a loja, incluindo a cor, condição de transporte, descarregamento do produto, temperatura da gôndola e a manipulação da carne. “Os frigoríficos fornecedores da empresa são visitados por auditores a cada dois meses e os supermercados, fiscalizados pelo menos uma vez por semana por estagiários de engenharia de alimentos”, explica Camargo Neto.

Ainda neste ano, o Fundepec pretende fazer a certificação do Novilho Nelore, idealizado pela Associação de Criadores de Nelore do Brasil. Nesse processo, a associação certificará do pasto ao frigorífico e o Fundepec, do frigorífico às lojas.

Programa da Embrapa

A Embrapa Gado de Corte desenvolveu o Programa Embrapa Carne de Qualidade, que já está à disposição dos pecuaristas. As ações concentram-se em genética animal, manejo, ambiente e mercado. O objetivo é aumentar 25% o consumo de carne bovina de qualidade. Os animais deverão ser abatidos com idade máxima de 30 meses e cobertura mínima de gordura de 3 milímetros. Um dos pontos fortes é o rastreamento da carne, com o controle de cada bovino por computador. A Embrapa desenvolveu um chip para facilitar a identificação do animal.

O processo baseia-se em três módulos. O primeiro utiliza animais experimentais submetidos a tecnologias desenvolvidas ou em desenvolvimento. O abate foi feito no laboratório da Embrapa e a carne entregue a um açougue de Campo Grande (MS).
A carne é embalada a vácuo, identificada pelo dia do abate, idade, sexo e peso do animal. O segundo módulo tem a finalidade de estruturar parcerias com produtores. Nessa fase a carne será distribuída em pontos do NE e do RS, para descobrir o gosto de cada região. Este terceiro módulo é chamado de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). “Nessa etapa iniciaram-se os trabalhos visando criar alternativas de produtos, bem como novos cortes e pratos semiprontos. Alternativas para melhor aproveitamento dos animais e descartes do sistema de produção serão também avaliados”, explicam os técnicos da equipe.

fonte: Suplemento Agrícola, O Estado de São Paulo, (por Anna Cecília Junqueira e João Naves de Oliveira), adaptado por Equipe BeefPoint

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