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Goiás está pronto para vistoria sobre vaca louca

As autoridades de defesa animal do Estado trabalharam intensamente nos últimos dias nos preparativos para a possível visita a Goiás da missão técnica do Nafta (bloco comercial envolvendo Estados Unidos, Canadá e México), segundo reportagem de Edimilson de Souza Lima, publicada hoje no O Popular. Embora mista, a maioria dos técnicos da missão é canadense.

De acordo com o secretário da Agricultura, Leonardo Vilela, deve ser concluído, hoje, ou no máximo até amanhã, um relatório completo sobre o destino e as condições sanitárias das 286 reses importadas da Europa desde a década de 80 até 1994.

De acordo com o secretário, os técnicos canadenses, americanos e mexicanos poderão, se quiserem, conhecer em detalhe o funcionamento do serviço de defesa animal de Goiás, visitar algumas das dezenas de barreiras sanitárias existentes no Estado e algumas das fazendas que receberam os animais importados, muitos dos quais ainda estão vivos e poderão ser inspecionados. A partir do relatório oficial, os visitantes terão acesso a um minucioso rastreamento do gado trazido da Europa, com informações de quantos animais exatamente entraram no Estado, quais fazendas os receberam, quantos estão vivos e de que morreram os demais.

Para Leonardo, Vilela o governo está tranqüilo quanto à visita da missão, pois acredita que o fato será determinante para acabar de uma vez por todas com qualquer dúvida que o Canadá possa ter com relação às condições sanitárias do rebanho brasileiro, incluindo o de Goiás. De acordo com Leonardo Vilela, não há qualquer possibilidade de os animais importados terem contaminado o rebanho brasileiro com a doença da vaca louca, porque se tratava de gado de elite, adquirido para reprodução, que certamente não foi abatido.

“Se não foi abatido, seus rejeitos não entraram na composição de rações que possam ter entrado na cadeia alimentar dos nossos bovinos”, explica o secretário. Além do mais, segundo ele, os canadenses poderão comprovar que no Brasil sequer existe a prática de alimentar bovinos com proteína animal. “Nosso boi é criado a pasto, ou quando muito com rações de proteína vegetal, como milho e soja”, diz o secretário da Agricultura.

Por Edimilson de Souza Lima, para O Popular/GO, 13/02/01

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