Numa tentativa de reestruturar a cadeia produtiva da carne no Rio Grande do Sul, o governo estadual apresentou ao setor o projeto “Boi na Lata”, que prevê a formação de um consórcio de empresas frigoríficas. A intenção é realizar o abate de mil animais/dia, para a comercialização do traseiro e costela para o mercado interno pelo frigorífico de origem. O dianteiro seria remetido ao General Meat Food (GMF), em Santana do Livramento, para a industrialização de Corned Beef e Carne Cozida, para exportação.
De acordo com o secretário em exercício da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, Lino de David, a proposta oferece a possibilidade concreta de agregar valores ao produto, oferecendo ao setor uma perspectiva de crescimento de mercado a médio prazo. As entidades se dispuseram a trabalhar na ampliação e elaboração de uma proposta coletiva para o setor. A expectativa do governo do Estado é de implantar o programa nos próximos 60 dias.
O governo do Estado reiterou as propostas apresentadas na última sexta-feira, em Santana do Livramento, aos representantes dos trabalhadores e direção do frigorífico Meat Food. O governo se compromete a implantar o programa Produtivo de Trabalho, com um programa de capacitação coletiva dos 523 trabalhadores do frigorífico por um período de 60 dias. Nesse período, os trabalhadores receberiam um benefício de R$ 180,00 mais um rancho de R$ 40,00, e não haveria demissões.
O governo gaúcho também vai interceder junto ao frigorífico Pampeano, de Alegrete, para a agilização do pagamento de R$ 200 mil referente à compra de produtos para o pagamento de dívidas trabalhistas. O Estado oferece, ainda, a possibilidade de linhas de crédito para outros frigoríficos que se habilitarem à compra de mercadorias do GMF, visando o pagamento dos salários e dívidas mais urgentes do frigorífico.
fonte: Larissa Rodrigues, para o BeefPoint